Cosan faz acordo com investidores para levantar até R$ 10 bilhões

Empresa planeja duas ofertas públicas primárias de ações; recursos serão destinados ao pagamento de dívidas
Fernando Lopes

A Cosan, que controla a Raízen em joint venture com a Shell, informou que, junto com seus próprios controladores – Aguassanta Investimentos S.A. e Queluz Holding Limited, veículos da família do empresário Rubens Ometto -, celebrou acordo de investimento com veículos ligados à BTG Pactual Holding, veículos geridos pela BTF Pactual Asset Management e veículos da Perfin Infra Administração de Recursos para estruturar uma operação que inclui a realização de duas ofertas públicas primárias de ações da companhia.

Segundo a Cosan, a primeira oferta será estruturada pela companhia no Brasil, e deverá resultar em uma distribuição primária de 1,45 bilhão de ações ordinárias, que poderá ser aumentada em até 25% em potencial lote adicional. A subscrição de ações pelos investidores âncora será realizada no âmbito dessa primeira oferta e o plano de distribuição também considerará a base acionária histórica da companhia.

A segunda oferta pública também será estruturada pela companhia no Brasil, com a concessão de direito de prioridade na subscrição aos acionistas titulares de ações da Cosan no fim do pregão do dia 19 de setembro de 2025 – ou seja, sem considerar as ações a serem subscritas na primeira oferta pública -, e deverá resultar em uma distribuição primária de até 550 milhões de ações. Em nenhuma hipótese as duas ofertas públicas resultarão na emissão de mais do que 2 bilhões de ações ordinárias de emissão da companhia.

De acordo com a Cosan, “os investidores âncora assumiram o compromisso de, observadas determinadas condições precedentes subscrever e integralizar as ações da primeira oferta pública, em quantidade suficiente para assegurar a colocação de 100% da primeira oferta base, sendo o valor agregado de tal compromisso equivalente a R$ 7,25 bilhões, a um preço por ação de R$ 5”.

“O investimento será realizado pelos investidores âncora por meio de nova holding (“Nova Holding”), na qual as Holdings Aguassanta também possuirão participação até a data da liquidação da primeira oferta pública. Os investidores, observadas determinadas condições precedentes, realizarão, até a data da liquidação da primeira oferta pública, aportes na Nova Holding, em valor equivalente ao compromisso de investimento de cada investidor”, explicou a Cosan, em comunicado.

Conforme a empresa, os recursos levantados com as operações serão destinados exclusivamente para a renegociação e o repagamento de dívidas financeiras, para reduzir sua alavancagem financeira. As ofertas públicas planejadas ainda dependem de aprovação dos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária.

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