A China compensou o tarifaço americano e ajudou a manter as exportações de carne bovina do Brasil em alta em agosto, confirmaram informações divulgadas nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No total, segundo a Abrafrigo, os embarques alcançaram 359,4 mil toneladas, 19% mais que no mesmo mês de 2024, e renderam quase US$ 1,7 bilhão, com aumento de 49% em igual comparação.
“As vendas de carne bovina in natura e industrializada para os EUA recuaram 46% em relação em agosto de 2025, como resultado das tarifas adicionais aplicadas a produtos brasileiros por parte do governo norte-americano, fazendo o país perder o posto de segundo maior destino da carne bovina exportada pelo Brasil”, pontuou a Abrafrigo.
De janeiro a agosto de 2025 as exportações chegaram a 2,4 milhões de toneladas, ou US$ 10,8 bilhões – incrementos de 19% e 34% ante os primeiros oito meses do ano passado, respectivamente. Com o ritmo forte observado até julho, e apesar da taxa adicional de 40% que entrou em vigor em agosto, nesse caso os EUA mantiveram o segundo lugar, com compras de 557,2 mil toneladas (+66,5%), ou US$ 1,6 bilhão (+73,2%).
Mas a China foi, de longe, o principal destino para as exportações brasileiras no acumulado deste ano. No período, o país asiático importou 948,4 mil toneladas (+19%), ou US$ 5 bilhões (+41,2%). O Chile continuou a se destacar, e ocupou a terceira colocação, com 80,5 mil toneladas (+18,2%), ou US$ 440,4 milhões (+36,9%). E o México galgou posições e ocupou o quarto lugar, com importações de 81,1 mil toneladas (+199,5%), ou US$ 439,8 milhões (+236,9%).
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