A São Martinho, uma das maiores empresas sucroalcooleiras do país, decidiu ampliar sua planta de etanol de milho localizada em Quirinópolis (GO). Aprovado ontem pelo conselho de administração da companhia, o projeto está orçado em R$ 1,1 bilhão, incluindo instalações industriais e um novo armazém com capacidade estática para 240 mil toneladas do cereal, além de melhorias na unidade existente.
Com isso, a capacidade de processamento de milho da companhia no município goiano crescerá em 635 mil toneladas por ano, enquanto a capacidade de produção de etanol ficará 270 mil metros cúbicos maior. O projeto também agregará 170 mil toneladas de DDG, subproduto usado em nutrição animal, e 13 mil toneladas de óleo de milho. As capacidades adicionais deverão começar a rodar na safra 2027/28, e estarão 100% à disposição em 2029/30.
Segundo a São Martinho, o projeto contará com financiamento de R$ 728 milhões de linhas do BNDES (Fundo Clima e Finem) e da Finep (Inovação). Cerca de 40% dos investimentos projetados serão aportados nesta safra 2025/26, 50% na temporada 2026/27 e o restante em 2027/28.
“A São Martinho, no combinado da planta existente (considerando o guidance de produção para safra 2025/26 publicado, via Fato Relevante, em 23 de junho de 2025) e a Segunda Fase em plena capacidade, terá capacidade de processar aproximadamente 1.150 mil toneladas de milho, produzindo cerca de 485 mil m3 de etanol, 310 mil toneladas de DDGS e 21 mil toneladas de Óleo de Milho. Adicionalmente, a companhia contará com capacidade estática de armazenagem de 480 mil toneladas de milho”, informou a companhia.
Resultados trimestrais
A São Martinho encerrou o primeiro trimestre de seu atual exercício, em junho, com lucro líquido de R$ 62,8 milhões, 40,9% menos que em igual intervalo do ano-fiscal anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 19,7%, para R$ 805 milhões, e a receita líquida registrou incremento de 12,2%, para R$ 1,857 bilhão. O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da companhia segue em baixo patamar (1,36 vez).
Entre abril e junho, os primeiros três meses da safra 2025/26, a São Martinho processou cerca de 8,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 7,6% menos que no mesmo período da safra anterior. Essa retração refletiu a menor produtividade no período, decorrente, principalmente, do déficit hídrico registrado em fevereiro e março de 2025, que comprometeu o desenvolvimento dos canaviais.
No intervalo, as operações com cana produziram 475,1 mil toneladas de açúcar (queda de 11,3% ante o primeiro trimestre da temporada 2024/25) e 297,8 mil metros cúbicos de etanol (-13,1%). O processamento de milho resultou em 56,7 mil metros cúbicos de etanol (+11,6%), 38 mil toneladas de DDGS (+18,8%) e 1,9 mil toneladas de óleo de milho (+6,9%).
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