A utilização de bioinsumos nas lavouras do país cresceu 13% na safra 2024/25 e a área potencial tratada com esses produtos alcançou 156 milhões de hectares, segundo dados divulgados pela CropLife Brasil, associação que representa as empresas do segmento. Nos últimos três anos, o crescimento médio anual foi de 22%, quatro vezes mais que o avanço global.
A entidade, que apresentou os números no lançamento do projeto Bioinsumos do Brasil, em parceria com a Apex, esclarece que a estimativa de área tratada considera aplicações de produtos como biofungicidas, bioinseticidas, bionematicidas, bioinoculantes e solubilizadores de nutrientes, muitas vezes realizadas em uma mesma lavoura em momentos diferentes durante o desenvolvimento da safra.
De acordo com a CropLife Brasil, 62% do uso de insumos biológicos no país em 2024/24 foi em plantações de soja, o carro-chefe do agro nacional. Em seguida vieram milho, com fatia de 23%, cana, com 10%, e algodão, café, citros e hortifrutis, com 6% cada. Mato Grosso, que lidera a produção brasileira de grãos e algodão, recebeu 34% das aplicações.
“Tivemos um avanço tecnológico da indústria de pesquisa e desenvolvimento nacional nos últimos anos, que oferece produtos eficazes para adoção pelo produtor. Então, o aumento da demanda proporcionou aumento de oferta e o crescimento do mercado”, afirma Amália Borsari, diretora de Bioinsumos da CropLife Brasil, em nota.
“O produtor aprendeu a combinar tecnologias: defensivos [químicos] e bioinsumos. Isso tem resultado em aumento de produtividade e sustentabilidade no campo”, completa Eduardo Leão, presidente da entidade. De acordo com dados da consultoria DurhamTrimme ditados pela CroPlife, o mercado mundial de produtos biológicos movimentou US$ 14 bilhões em 2024, e os defensivos responderam por cerca de 60% do total.
Até 2027, a DurhamTrimme trabalha com a perspectiva de incremento anual global desse mercado de 13%, o que elevaria o valor total movimentado para US$ 20 bilhões. E até 2029 a participação da América Latina no bolo, graças ao Brasil, deverá atingir 29%, ante 20% em 2021, o que fará da região a líder mundial em bioinsumos.
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