O mercado de defensivos agrícolas voltados à soja movimentou US$ 9,5 bilhões no país na safra 2024/25, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira pela Kynetec Brasil. Segundo a empresa de pesquisas, o montante representou uma queda de 4,3% em relação ao ciclo 2023/24. Mesmo assim, a área potencial tratada bateu recorde: cresceu 12% e superou 1,4 bilhão de hectares.
Cristiano Limberger, especialista da Kynetec, afirma, em nota, que a queda da movimentação financeira derivou da combinação entre a desvalorização do real ante o dólar, de 7,7% na comparação, e de uma redução média de 8% nos preços e custos dos produtos comercializados.
Os fungicidas foliares continuaram a liderar as vendas de defensivos para lavouras de soja em 2024/25, com US$ 3,8 bilhões (40% do total), um incremento de 3% ante a safra anterior. Inseticidas foliares vieram em seguida, com vendas de US$ 2,2 bilhões (23,6% do total), 9% menos que em 2023/24. As vendas de herbicidas também caíram, 9,2%, e ficaram também em US$ 2,2 bilhões.
De acordo com a Kynetec, produtos específicos para tratamento de sementes responderam por 6% das vendas, ou US$ 558 milhões Os nematicidas, por sua vez, alcançaram US$ 250 milhões, enquanto produtos como adjuvantes e inoculantes, somados, atingiram US$ 418 milhões.
Sobre as biotecnologias utilizadas pelos produtores rurais em 2024/25, o destaque identificado pela Kynetec foi o crescimento da área plantada com variedades com tolerância a lagartas ou “Bt” de segunda geração, que ocuparam até agora 24% do total, ante 11% em 2023/24. “A pesquisa capturou uma oferta de mais de 150 variedades de soja com essas novas tecnologias”, diz Limberger.
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