Embora tenha ajustado para cima sua projeção para o preço médio das exportações de óleo de soja do país em 2025, correções para baixo nas previsões para os valores de soja em grão e farelo levaram a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a reduzir a estimativa para a receita total dos embarques da matéria-prima e seus derivados este ano.
De acordo com números divulgados nesta terça-feira pela entidade, que representa gigantes como ADM, Bunge, Cargill Louis Dreyfus Company e Amaggi, o complexo como um todo deverá gerar divisas de US$ 53,137 bilhões, US$ 723 milhões a menos que o calculado em agosto e montante 1,5% inferior ao apurado em 2024 (US$ 53,942 bilhões).
No caso da soja em grão, o preço médio previsto para 2025 caiu de US$ 405 para US$ 400 por toneladas, ante US$ 435 no ano passado. O volume das exportações projetado para o ano foi mantido em 109,5 milhões de toneladas, um novo recorde, e, assim, a receita das vendas do produto ao exterior este ano foi reduzida de US$ 44,348 bilhões para US$ 43,8 bilhões, ainda 2% a mais que em 2024.
Para o farelo, a Abiove prevê um volume de embarques de 23,6 milhões de toneladas, com aumento de 2% em relação ao ano passado, e preço médio agora de US$ 335 a tonelada, US$ 10 a menos que o projetado em agosto e valor 20% inferior ao de 2024. Com isso, a estimativa para a receita das exportações do derivado caiu de US$ 8,142 bilhões para US$ 7,906 bilhões, 18,4% abaixo de 2024
Para o óleo, a Abiove prevê embarques de 1,35 milhão de toneladas (queda de 1,2% ante 2024), com cotação média ajustada para US$ 1.060 por toneladas, acima dos US$ 1.015 estimados em agosto e dos US$ 959 registrados no ano passado. A receita foi elevada para US$ 1,431 bilhão, quase US$ 120 milhões a mais que em 2024.
A entidade estima a colheita de soja em grão na safra 2024/25 em 170,3 milhões de toneladas, com aumento de 10,3% na comparação com o ciclo 2023/24. O esmagamento em 2025 está projetado em 58,5 milhões de toneladas, um crescimento 4,8% sobre 2024. As produções de farelo e óleo de soja deverão atingir 45,1 milhões e 11,7 milhões de toneladas, com aumentos de 5,7% e 3,2%, respectivamente.
“Em julho, o processamento somou 4,7 milhões de toneladas, alta de 3,4% frente a junho. Na comparação com julho de 2024, o aumento foi de 6,1%, quando ajustado pelo percentual amostral. No acumulado do ano, o processamento atingiu 30,6 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior”, informou a Abiove.
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