A JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, informou que a Securities and Exchange Commission (SEC), agência que regula o mercado americano de capitais, deu sinal verde para a negociação de suas ações na bolsa de Nova York. É mais um passo para a tão esperada dupla listagem de papéis da empresa, nos EUA e no Brasil – que, por aqui, também depende da aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com o pedido da SEC aprovado, o conselho de administração da JBS marcou para o dia 23 de maio a assembleia geral extraordinária que deverá ratificar a dupla listagem. A BNDESPar, braço do banco de fomento que detém 20,8% do capital da JBS, já adiantou que vai se abster de votar nessa assembleia, o que deixará a decisão nas mãos dos demais acionistas minoritários. A expectativa é que a operação seja aprovada com folga.
“Será um momento histórico para o mercado de capitais, uma vez que os acionistas minoritários terão total poder de decisão. A J&F [holding dos irmãos Batista] e a BNDESPar, os dois principais acionistas em volume de papéis, vão se abster de votar, o que deixará a decisão a cargo de detentores de pouco mais de 30% do free float da companhia”, informou a JBS, em comunicado.
Se tudo correr como a empresa espera, o início da oferta das ações nos EUA deverá ocorrer em meados deste ano. “Quando aprovado, o processo representará um novo capítulo na história da companhia, com potencial de destravar o valor da ação e chegar a uma base mais ampla de investidores”, diz o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, no comunicado divulgado.
A JBS conta com produção física em 17 países, e os EUA são atualmente responsáveis pela maior parte de seu faturamento. Em 2024, a receita líquida da companhia chegou a R$ 417 bilhões no total, quase 15% mais que em 2023.
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