Condições climáticas favoráveis ao plantio e ao desenvolvimento das lavouras na maior parte dos Estados produtores levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar sua estimativa para a colheita da segunda safra de milho no país nesta temporada 2024/25. Em boletim divulgado nesta quinta-feira, a estatal projetou a safrinha em 97,9 milhões de toneladas, 2,4 milhões a mais que o previsto em março e volume, recorde, 8,5% superior ao registrado em 2023/24.
Com o ajuste para cima da safrinha, a Conab passou a projetar a produção total de milho do país neste ciclo em 124,7 milhões de toneladas, com incremento de 7,8% na comparação com 2023/24. Segundo a estatal, até o fim de março a semeadura da segunda safra já havia sido concluída em 97,9% da área estimada – 16,9 milhões de hectares, com avanço de 2,8% -, e foram constatados problemas apenas em polos de Goiás e em Minas Gerais, por causa das baixas precipitações observadas em fevereiro.
Em Mato Grosso, que lidera a produção brasileira de milho, a maior parte das lavouras foi implantada dentro da janela climática ideal, que se fechou em 20 de fevereiro. “O regime de chuvas ainda está de acordo com a exigência do cereal e espera-se que abril e maio tenham chuvas suficientes para manter o desenvolvimento reprodutivo do milharal semeado fora de janela”, informou a Conab.
Impulsionada pela safrinha volumosa e mais um recorde na produção de soja, que deverá crescer 13,6% e alcançar 167,9 milhões de toneladas, a Conab passou a calcular a safra de grãos em geral em 330,3 milhões de toneladas em 2024/25, com alta de 10,9% e maior marca da história. A área plantada total tende a atingir 81,7 milhões de hectares, com aumento de 2,2%, e a produtividade média das plantações deverá se recuperar dos problemas climáticos de 2023/24 e avançar 8,6%, para 4.045 por hectare.
Também colaboram para mais uma safra recorde no país incrementos estimados para as produções de arroz (14,7%, para 12,1 milhões de toneladas) e de feijão (2,1%, para 3,3 milhões de toneladas). De acordo com a Conab, a colheita de algodão também deverá registrar crescimento considerável – de 5,1%, para 3,9 milhões de toneladas. A expectativa é que os saltos das ofertas dos principais grãos usados na alimentação humana e animal possam colaborar para reduzir a inflação no país.
IBGE
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também divulgou hoje estimativas atualizadas para a safra de grãos, a colheita deverá somar o recorde de 327,6 milhões de toneladas em 2025, 11,9% acima do volume do ano passado. A região Centro-Oeste tende a representar, conforme o órgão, 50,5% da produção e, somados, soja, milho e arroz respondem por 92,6% do volume total projetado.
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