Justiça homologa plano de recuperação judicial da AgroGalaxy

Distribuidora de insumos entrou em crise e acumulou dívidas de R$ 4,7 bilhões
Fernando Lopes

A juíza Alessandra Gontijo do Amaral, da 19ª Vara Civel e Ambiental da Comarca de Goiânia, em Goiás, homologou nesta terça-feira o plano de recuperação judicial da AgroGalaxy, que controla uma das maiores redes de distribuição de insumos agrícolas do país. A empresa entrou com o pedido de RJ em setembro do ano passado, com dívidas de R$ 4,7 bilhões. Para tal, alegou dificuldades derivadas de uma conjunção negativa formada por quebra de safra, queda de preços de insumos, aumento de estoques, retração das cotações dos grãos (soja e milho) e alta da inadimplência. 

Embora tenha homologado a RJ, a juíza rejeitou claúsulas que tentavam proteger terceiros garantidores. Em comunicado recente, a AgroGalaxy resumiu que o plano que apresentou prevê “condições especificas para ‘credores parceiros’ que apoiarem sua reestruturação, com pagamento integral e sem deságio em dez anos, com dois de carência “Além disso, o plano oferece opções de pagamento para os “credores parceiros”, os quais se comprometem ainda a não litigar contra a empresa e continuar e/ou retomar o fornecimento de insumos”. Após diversos questionamentos, o plano foi aprovado pelos credores no dia 10 de abril.

Entre outras medidas, o plano prevê a venda de uma carteira de recebíveis de R$ 760 milhões e a negociação de ativos. Estão incluídas na RJ do Grupo AgroGalaxy as empresas AgroGalaxy Participações, Rural Brasil, Campeã Agronegócios, Grão de Ouro Agronegócios, Grão de Ouro Comércio de Insumos Agrícolas, Boa Vista Comércio de Produtos Agropecuários, AgroGalaxy Franchise, AgroControl Participações, Agrototal Holding, Bussadori, Garcia e Cia., Agro Ferrari Produtos Agrícolas, Ferrari Zagatto Comércio de Insumos e Agrocat Distribuidora de Insumos Agrícolas

A AgroGalaxy encerrou o exercício 2024 com prejuízo líquido de R$ 2,483 bilhões, ante perda de R$ 334,5 milhões em 2023. Em igual comparação, a empresa fechou o ano passado com prejuízo antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,622 bilhão, ante resultado positivo desse indicador de R$ 342,2 milhões no ano-fiscal anterior, e receita líquida de R$ 4,612 bilhões, em queda de 50,9%. 

 

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