Enquanto tenta desatar os nós que estão truncando a incorporação das ações da BRF pela Marfrig, o empresário Marcos Molina ampliou sua participação na empresa que fundou. Em comunicado, a Marfrig Global Foods divulgou que seus acionistas controladores – MMS Participações Ltda., Marcos Antônio Molina dos Santos e sua esposa Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos – passaram a deter, direta e indiretamente, cerca de 646,3 milhões de ações ordinárias da companhia, ou 75,33% de suas ações de emissão.
No fim da semana passada, a Marfrig também informou que, em conjunto com o fundo Mams, de Molina, ampliou sua fatia na BRF para 58,87%, ante pouco mais de 50% quando a fusão com a dona das marcas Sadia e Perdigão foi anunciada. A operação, que poderá resultar em uma gigante (MBRF) com faturamento anual superior a R$ 150 bilhões, ainda esbarra em questionamentos de minoritários da BRF, principalmente sobre a relação de troca de ações proposta (0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF).
Por conta desses questionamentos, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pediu mais informações e já suspendeu por duas vezes a Assembleia Geral Extraordinária da BRF que tratará da fusão. Por conseguinte, a Marfrig também adiou por duas vezes sua própria AGE sobre a operação. Tendo em vista que sua AGE não pôde ser realizada na última sexta-feira, a BRF já informou que reagendou o encontro para 5 de agosto, mesmo dia em que, segundo novo cronograma, deverá ocorrer a assembleia da Marfrig.
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