Alta dos fertilizantes reduz ritmo de compras dos produtores de soja em Mato Grosso

Comercialização de adubos para a safra 2025/26 do Estado é a mais atrasada da série histórica do Imea
Fernando Lopes

As importações de fertilizantes de Mato Grosso alcançaram 617,2 mil toneladas em julho, segundo dados divulgados esta semana pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato). Em relação ao mesmo mês de 2024, houve alta de quase 9%. O plantio de soja terá início no Estado em meados de setembro.

Mesmo com essa aceleração, nos sete primeiros meses de 2025 as importações acumuladas caíram 18,5% em relação a igual intervalo do ano passado, para 3 milhões de toneladas. De acordo com o Imea, trata-se do menor volume para os sete primeiros meses dos últimos seis anos.

Segundo o instituto, essa queda está relacionada ao aumento de preços dos fertilizantes, que levou muitos agricultores a adiarem suas compras à espera de uma melhor relação de troca entre adubos e grãos. Com isso, o ritmo de comercialização de adubos para a safra 2025/26 em Mato Grosso estava, no fim de julho, 12,58 pontos percentuais mais lento que um ano antes.

“É a temporada mais atrasada da nossa série histórica”, destacou o Imea. “Esse cenário pode indicar não apenas um menor investimento por parte dos produtores para a próxima safra, mas também possíveis problemas logísticos, já que muitos postergaram suas compras e ainda não garantiram todos os insumos necessários”.

Em julho, o pacote de fertilizantes e corretivos vendido em Mato Grosso subiu 1,3% ante junho, enquanto o de defensivos ficou 1,4% mais caro. Essas altas influenciaram a alta de 0,9%, em relação a junho, do custeio da soja no Estado em 2025/26, que alcançou R$ 4.183,04 por hectare.

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