Receita das exportações do agro brasileiro cresceu para US$ 14,3 bi em agosto

Segundo o Ministério da Agricultura, valor foi 1,5% superior ao do mesmo mês de 2024; tarifaço americano teve reflexos negativos
Fernando Lopes

As exportações do agro brasileiro permaneceram em alta e renderam US$ 14,3 bilhões em agosto, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Em relação ao mesmo mês de 2024, o valor foi 1,5% superior, graças ao aumento de 5,1% do volume embarcado. O preço médio dos produtos vendidos caiu 3,4% na comparação.

Segundo o ministério, soja em grão, carne bovina in natura e milho puxaram o incremento. No caso da soja, o volume das exportações atingiu 9,3 milhões de toneladas, 16,2% mais que em agosto do ano passado, enquanto a receita subiu 11% e chegou a US$ 3,9 bilhões. No da carne bovina, os embarques somaram 268 mil toneladas (+23,5%), ou US$ 1,5 bilhão (+56%), e no do milho as vendas alcançaram 6,8 milhões de toneladas (+12,9%), ou US$ 1,4 bilhão (+17%).

O incremento das vendas de carne bovina ocorreu apesar do forte tombo dos envios para os Estados Unidos, que em agosto passaram a taxar grande parte das importações de produtos do Brasil com uma alíquota adicional de 40%. Com isso, os embarques brasileiros de carne bovina in natura aos EUA recuaram 46,2% ante o mesmo mês de 2024,, para US$ 37,6 milhões, e os de carne industrializada diminuíram 33%, para US$ 25,1 milhões.

Mas, mesmo com o tarifaço, que afetou outros pesos-pesados das exportações do Brasil, como café, os EUA permaneceram como o terceiro principal destino dos embarques do agro brasileiro, atrás de China e União Europeia. As vendas para a China cresceram expressivos 32,9% na comparação, para US$ 5,1 bilhões, ao passo que para a UE houve queda de 15,4%, para US$ 1,9 bilhão, e para os EUA a redução foi de 17,6%, para US$ 765 milhões.

Já as importações do agro chegaram a US$ 1,6 bilhão em agosto, com crescimento de 1,2% ante o mesmo mês do ano passado. Esse valor não inclui fertilizantes, cujas compras do exterior aumentaram 20,9%, para US$ 1,9 bilhão, e defensivos agrícolas, com US$ 627,7 milhões (+12,9%). De janeiro a agosto, as exportações do setor permaneceram estáveis e chegaram a US$ 111,7 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 13,5 bilhões, em alta de 5,1%.

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