O clima ajudou e a colheita de algodão ganhou tração na semana passada em Mato Grosso, que lidera a produção nacional. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato), os trabalhos foram concluídos em 55,5% da área plantada no Estado na safra 2024/25 até sexta-feira, 15,5 pontos percentuais a mais que na semana anterior.
Em relação às últimas temporadas, contudo, ainda há atraso. Na comparação com o mesmo período do ciclo 2023/24, o ritmo atual é 18,7 pontos percentuais mais lento, e ante a média das últimas cinco safras, a diferença é de 23,06 pontos. Como não há previsão de “anomalias climáticas” em Mato Grosso para as próximas semanas, realçou o Imea, a colheita deverá evoluir sem percalços ou problemas de rendimento e qualidade.
A área semeada chegou a pouco mais de 1,5 milhão de hectares no Estado em 2024/25, e o Imea projeta a produção de algodão em caroço em 6,9 milhões de toneladas. A tonelada do produto foi negociada, em média, a R$ 905,27 na semana passada no mercado de Mato Grosso – uma queda de 3,8% em relação à semana anterior, mas valor 12,5% superior ao de um ano antes.
“O movimento é pautado pelo avanço da colheita no estado, de modo que a disponibilidade tem aumentado e, consequentemente, pressionado os preços. Por outro lado, o preço do óleo de algodão apresentou uma valorização de 1,1% no comparativo semanal, cotado a R$ 5.571,43 a tonelada. Parte desse incremento é atribuído ao aumento da demanda das indústrias de biocombustíveis, ligado à maior procura de óleo para a produção de biodiesel”, informou o Imea.
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