Foi dada a largada para o plantio de soja da safra 2025/26 no país. Os trabalhos já tiveram início no Paraná e, em Mato Grosso, o período obrigatório de vazio sanitário terminou no último dia 6, o que significa que, desde domingo, o sinal verde está aceso. Estimativas indicam que a área de cultivo deverá voltar a crescer e que, se o clima colaborar, a colheita baterá um novo recorde histórico.
Segundo levantamento da consultoria AgRural, a semeadura começou em pontos isolados de polos paranaenses na semana passada, mas o ritmo só deverá ganhar força nas próximas semanas. Em Mato Grosso, realçou a Ampere Consultoria, as previsões indicam chuvas abaixo da média em setembro, o que poderá retardar o avanço.
De acordo com Amanda Balbino, agrometeorologista da Ampere, a situação mato-grossense está associada à atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), posicionada mais próxima do continente e com tendência de permanecer assim nos próximos dias.
“Esse sistema de alta pressão funciona como uma barreira à ocorrência de instabilidades mais expressivas, adiando o início das chuvas agrícolas no Estado e prolongando a condição de baixa umidade do solo”, realça a Ampere. “Mas a situação prevista é mais favorável do que a observada no início da safra 2024/25, em que as chuvas agrícolas da região só se tornaram mais frequentes em outubro”.
Conforme as estimativas mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na temporada 2024/25 a área plantada de soja alcançou 47,6 milhões de hectares no Brasil, 3,2% mais que em 2023/24, e a produção atingiu o recorde de 169,7 milhões de toneladas, um aumento de 14,8%. A expectativa para o ciclo 2025/26 é que a área cresça ao menos 2%.
Assim, as primeiras projeções para a colheita brasileira da oleaginosa são de uma nova marca histórica, maior que 170 milhões de toneladas. Em cenário traçado em meados de agosto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sinalizou que o Brasil vai liderar a produção global de soja em 2025/26 com 175 milhões de toneladas.
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