Estoques elevados tendem a compensar as previstas quedas da produção brasileira e das importações de trigo do país em 2025.
Segundo estimativa divulgada nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita do cereal deverá alcançar 7,5 milhões de toneladas neste ano, 275 mil toneladas a menos que o previsto no mês passado e volume 4,5% inferior ao de 2024 (7,9 milhões de toneladas).
O rendimento médio das lavouras deverá subir 19,3% em relação ao ano passado, para 3.077 quilos por hectare, mas a área plantada caiu 19,9%, para pouco mais de 2,4 milhões de hectares. “No geral, o sentimento continua bastante positivo em relação aos rendimentos da cultura nesta temporada, em todas as regiões produtoras”, realçou o consultor em gerenciamento de riscos da StoneX, Jonathan Pinheiro, em nota.
O ajuste para baixo para a colheita levou a Conab a elevar em 200 mil toneladas sua projeção para as importações, para 6,4 milhões de toneladas. Mas, mesmo diante da menor produção doméstica desde 2020, essas compras no exterior, sobretudo na Argentina, representarão uma redução de 6,3% na comparação com 2024 (6,8 milhões de toneladas).
Isso porque os estoques da temporada se recuperaram do tombo observado em 2024 e iniciaram a safra 2025 em quase 1,4 milhão de toneladas, quase três vezes mais que um ano antes. A Conab prevê relativa estabilidade para as exportações brasileiras, que tendem a girar em torno de 2 milhões de toneladas, e com isso calcula os estoques finais em 2025 em 1,5 milhão de toneladas, pouco menos de 10% superiores aos da temporada 2024.
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