A AgroGalaxy Participações, que controla uma das maiores redes de distribuição de insumos agrícolas do país e está em recuperação judicial, encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido ajustado de R$ 136,1 milhões, em queda de 62,5% em relação a igual intervalo de 2024.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado piorou e foi negativo em R$ 96,9 milhões, 16,2% mais que no mesmo período do ano passado, e a receita líquida recuou 76,2%, para R$ 251,2 milhões.
Segundo a empresa, as quedas da receita e do Ebitda refletiram o encolhimento de sua comercialização de insumos, em virtude da redução do número de lojas, a performance limitada das vendas destinadas à safrinha de milho, por causa da recuperação judicial, e o cancelamento de operações de barter no quarto trimestre de 2024.
“Adicionalmente, as operações de originação de grãos neste trimestre, antes da aprovação e homologação do plano, foram retomadas com cautela em função da exigência de capital de giro contribuindo para a redução da receita total”, informou a AgroGalaxy.
Mesmo assim, a companhia realça que o segundo trimestre de 2025 foi marcado por uma colheita com melhores índices de produtividade nas regiões em que atua, em função do clima mais favorável, e o cenário contribuiu para uma retração da inadimplência.
Em linha com os esforços para ampliar seu potencial de financiamento, a AgroGalaxy destaca a constituição, em setembro, do Fiagro que será usado pela empresa e suas controladas para a antecipação de recebíveis ligados à comercialização de insumos.
Segundo a AgroGalaxy, o fundo deverá receber R$ 340 milhões em aportes, sendo R$ 250 milhões de investidores estratégicos, e poderá adquirir direitos creditórios da companhia e de suas controladas.
Inscreva-se para receber
as notícias gratuitamente
Ao inserir seu e-mail, você concorda em receber a newsletter do NPAgro. Você pode cancelar sua inscrição a qualquer momento