A produtividade dos canaviais da região Centro-Sul do país voltou a cair em setembro, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa controlada por BNDES, Copersucar e outras grandes companhias do segmento sucroalcooleiro. A média ficou em 71,9 toneladas por hectare, ante as 70,4 registradas no mesmo mês do ano passado.
Com isso, de abril a setembro, os seis primeiros meses desta safra 2025/26, a média alcançou 77,7 toneladas por hectare, 6,5% menos que em igual intervalo de 2024/25. E a qualidade da cana, medida pela quantidade de açúcar total recuperável (ATR), continua pior, como apontam as informações do CTC desde o início da temporada. Em setembro, foram 154 quilos por tonelada, 0,8% abaixo de um ano antes, e de abril a setembro a média ficou em 134 quilos por tonelada, contra os 136,8 quilos da safra anterior.
De acordo com dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), a moagem de cana somou 450 milhões de toneladas do início da safra atual até o dia 16 de setembro, uma redução de 3,7% ante o mesmo período do ciclo 2024/25.
Na comparação, a produção de açúcar diminuiu 0,1%, para 30,4 milhões de toneladas. Já a fabricação de etanol registrou queda de 9,5%, para 20,8 bilhões de litros. Desse total, o etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) respondeu por 13 bilhões de litros (-11,4%) e o anidro (misturado à gasolina) representou 7,8 bilhões de litros (-6,2%).
Ainda segundo a Unica, a fatia da produção de etanol de milho na produção total do biocombustível foi de 4,1 bilhões de litros, um aumento de 19,4%. E a comercialização total de etanol por parte das unidades do Centro-Sul alcançou 16 bilhões de litros do início de abril ao dia 16 de setembro, em queda de 1,6%.
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