O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta sexta-feira, sem restrições, a incorporação das ações da BRF pela Marfrig, confirmando decisão anterior da Superintendência-Geral da autarquia. A operação dará origem à MBRF, uma gigante de proteínas animais e alimentos processados com faturamento anual superior a R$ 150 bilhões.
O sinal verde após analisados questionamentos apresentados pela Minerva Foods. A empresa fundada pela família Vilela de Queiroz teme ser prejudicada pela união, já que também é fornecedora de carne para a produção de alimentos processados da BRF, e pelo fato de que o fundo árabe Salic, que detém 31% de seu capital e é sócia da BRF, se tornará acionista, com pouco mais de 10%, de uma nova empresa que será sua concorrente em parte das atividades.
“Em seu parecer, a SG/Cade manifestou-se pela aprovação da operação sem restrições, ao entender que o negócio não traz preocupações concorrenciais. O documento aponta que a participação conjunta das empresas nos mercados com sobreposição horizontal, em que ambas ofertam produtos semelhantes e concorrentes, é inferior a 20%, percentual abaixo do patamar presumido como posição dominante. Também verificou que, nos mercados verticalmente integrados, quando uma companhia atua em uma etapa da cadeia produtiva e a outra em estágio subsequente ou anterior, a fatia de cada parte é inferior a 30%, reduzindo a possibilidade de fechamento de mercado”, destacou o Cade.
Em comunicado conjunto, Marfrig e BRF informaram que a consumação da Incorporação das ações da dona das marcas Sadia e Perdigão pela empresa controlada por Marcos Molina agora “está sujeita à verificação (ou renúncia, conforme o caso) de determinadas condições (inclusive o trânsito em julgado da aprovação do Cade)”. Ainda não há uma data definida para a conclusão da operação.
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