Encabeçadas por soja, carnes, produtos florestais, café e açúcar, as exportações brasileiras do agronegócio renderam US$ 14,9 bilhões em maio, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura. Em relação ao mesmo mês de 2024, houve queda de 1,4%. Esse recuo foi determinado pela redução de 4,2% do volume total de embarques, já que o índice de preços das cargas embarcadas subiu 2,9%.
De acordo com o ministério, as exportações de soja e derivados (farelo e óleo) alcançaram US$ 6,53 bilhões, com baixa de 2,6% ante maio do ano passado, em função da retração das cotações. As vendas do grão caíram 3,9%, para US$ 5,5 bilhões, apesar de o volume ter aumentado 4,9%, para 14,1 milhões de toneladas. A China importou 74% do volume total da matéria-prima enviada ao exterior no mês.
Entre as carnes, cujas exportações totais atingiram US$ 2,31 bilhões, com avanço de 8,3%, a Pasta realçou o desempenho dos embarques da proteína bovina in natura, que renderam US$ 1,1 bilhão em maio, 18,8% mais que um ano antes. Como já informou o NPagro, o incremento foi impulsionado pela demanda de China, Estados Unidos e México – com destaque para a americana, uma vez que os frigoríficos que operam no país ainda convivem com um ciclo de baixa oferta de gado.
No caso dos produtos florestais, que ocuparam o terceiro lugar no ranking das cargas mais exportadas pelo agro do país em maio, com US$ 1,55 bilhão (+0,3%), a celulose brilhou, com vendas que bateram em US$ 981,5 milhões, em alta de 6,3% sobre maio de 2024. Foram vendidas a outros países 2,1 milhões de toneladas de celulose no mês, um aumento de 26%, e esse volume mais do que compensou a redução dos preços observada, de 15,7%.
Nas exportações de café, que aparecem em quarto lugar na lista das exportações de maio, a locomotiva foi o café verde. O volume vendido caiu expressivos 30,2%, para 170,2 mil toneladas, mas o preço médio, que registraram alta de 86,8% na comparação, bateram recorde histórico e mantiveram a conta positiva.
Já os embarques sucroalcooleiros, que recuaram 29,5% em maio, para US$ 1,05 bilhão, foram, como de costume, impulsionados pelos de açúcar – embora esses tenham diminuído 27,4%, para US$ 886,6 milhões. Esse tombo foi determinado pela combinação entre um volume 19,7% menor, de 2 milhões de toneladas, e pela queda de 10,4% da cotação média das vendas da commodity.
Do lado das importações brasileiras de produtos do agro, o valor total cresceu 5,2% no mês passado, para US$ 1,68 bilhão. Não incluídas no grupo, mas fundamentais para o campo, as compras de fertilizantes no exterior custaram US$ 1,3 bilhão, 26% mais que em maio de 2024, conforme o Ministério da Agricultura.
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