Agrishow: BB, Santander e Credicitrus terão R$ 6 bi para financiamentos

Instituições financeiras devem receber 40% de todas as propostas de negócios estimadas para a feira e apostam em demanda aquecida, mesmo com juro alto
Alexandre Inacio

A 30ª edição da Agrishow começou hoje em Ribeirão Preto em meio a um cenário de incertezas em relação ao Plano Safra. Ainda assim, bancos e cooperativas de crédito acreditam que a demanda por parte dos produtores existirá, e se preparam para atendê-la.

Juntos, Banco do Brasil, Santander e Credicitrus têm à disposição dos agricultores R$ 6 bilhões para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos. O montante representa mais de 40% de todo o volume de negócios que a organização da Agrishow projeta para a edição deste ano.

Maior agente financeiro do agronegócio, o Banco do Brasil estima receber R$ 3 bilhões em propostas em 2025. A aposta é que a safra recorde de grãos motive o setor produtivo a buscar recursos. O banco também se diz otimista para que 100% dos recursos equalizados do Plano Safra 2024/25 sejam desembolsados até junho.

“Estamos muito otimistas para a edição deste ano e certos de que vamos reafirmar os bons resultados e a parceria de mais de 30 anos com a Agrishow, oferecendo soluções de investimento completas para o pequeno, o médio e o grande produtor”, afirma Luiz Gustavo Braz Lage, vice-presidente de agronegócios e agricultura familiar do BB.

Vale lembrar que, em fevereiro deste ano, o Ministério da Fazenda suspendeu a contratação de novas linhas de crédito com recursos equalizados, criando uma enorme polêmica junto ao setor produtivo. Dias depois, o governo acusou o golpe e liberou uma linha emergencial de R$ 4 bilhões, montante aquém da demanda existente.

O otimismo também domina o setor cooperativista. A Credicitrus disponibilizou R$ 1 bilhão para financiar seus cooperados na aquisição de máquinas e equipamentos, montante semelhante ao de 2024.

Ao longo do ano, realizamos investimentos em tecnologia, para manter a Credicitrus na vanguarda do mercado financeiro, garantindo eficiência e segurança operacional, por meio da automatização de processos e o uso de inteligência artificial”, afirma Walmir Segatto, CEO da Credicitrus.

No Santander, a meta é chegar a R$ 2 bilhões em negócios. O patamar é o mesmo registrado em 2024. O Bradesco, também presente à Agrishow, não informou o quanto pretende fechar em negócios, mas aposta no E-agro, seu marketplace que conta com 50 empresas parceiras. A Caixa não respondeu ao pedido de informações do NPagro.

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