Agrishow: Solinftec acerta com ChatGPT, entra em pecuária e prevê crescer 21%

Agtech brasileira quer adicionar R$ 80 milhões à sua receita recorrente anual de 2025 com expansão da área de atuação e novos serviços
Alexandre Inacio

Os resultados da Solinftec em 2024 superaram as expectativas da própria empresa. A empresa cresceu 20% e fechou o ano com receita recorrente de R$ 370 milhões e com perspectivas de levar o Solix, seu robô autônomo de pulverização e captação de dados agronômicos, para outros países.

Para 2025, os planos são de um novo crescimento de 20%. A meta é chegar em uma receita recorrente de R$ 450 milhões e passar dos atuais 150 para 700 robôs em operação, tanto no Brasil quanto no exterior.

Maior agtech do agronegócio, a Solinftec vai atacar suas duas frentes de negócio. No que se refere ao seu software de recomendações aos agricultores com base em dados coletados por dispositivos IoT instalados em diferentes equipamentos, a empresa fechou uma parceria com a gigante de inteligência artificial OpenIA.

“Hoje, temos mais de 70 mil máquinas monitoradas, com 300 mil operadores em campo operando essas máquinas, com perfis de operação diferentes. Quando eu coloco uma IA generativa trabalhando sobre isso eu consigo dar um insight realmente para o produtor para uma tomada de decisão muito melhor”, disse Emerson Crepaldi, diretor de operações da Solinftec.

Na prática, o ChatGPT vai analisar todo o banco de dados da empresa, com informações de 13 milhões de hectares, para dar respostas aos questionamentos feitos pelos clientes. Segundo Crepaldi, a ideia é dar velocidade ao algoritmo da Solinftec para fornecer respostas para produtor seja de uma maneira resolutiva do passado, seja de uma maneira preditiva.

A Solinftec também vai colocar dentro da Alice, nome da plataforma da empresa, uma espécie de guia de máquinas agrícolas. A empresa vai pegar o desempenho das mais de 70 mil máquinas monitoradas, em diferentes regiões do Brasil e de outros países, e criar um ranking de diferentes indicadores.

Na prática, a ideia é que o produtor olhe para o desempenho de seu parque de máquinas e tenha como comparar com máquinas iguais ou de outras marcas, operando na mesma região, para saber se seus resultados estão abaixo ou acima do mercado.

“Hoje as máquinas são muito iguais, o que muda um pouco é a cor. A ideia é deixar as informações democráticas para o produtor”, disse Crepaldi.

Mas para crescer a Solinftec não aposta apenas em melhorias do seu software. Os robôs da empresa, que já dominam no mercado de cana e começaram a entrar em lavouras de grãos, vão começar a trabalhar em algodão e pastagens.

No algodão, o Solix já está trabalhando na região do Matopiba com a pulverização seletiva, mas também coletando dados que vão regar recomendações sobre a necessidade de uso de fertilizantes e medir a evolução da qualidade da fibra com a redução do uso de defensivos.

Além disso, pela primeira vez no mundo, vai ser analisado o desempenho do trabalho de um robô em um sistema de integração lavoura pecuária. A ideia é controlar a chamada “soja tiguera”, o grão que acaba caindo durante a colheita, brotando no solo e concorrendo com a pastagem cultivada após a colheita do grão.

“Estamos realizando indo para o segundo ano de estudo junto ao grupo LGGL, em Mato Grosso do Sul, onde estamos analisando a evolução da altura do pasto e já conseguimos identificar um aumento de 40% da biomassa dos pastos onde o Solix trabalhou.É um mercado que se mostra muito promissor”, explica Bruno Pavão, chefe de robótica da empresa.

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