Após parar produção de fertilizantes em SP, Yara assina parceria com Embrapa

Empresa norueguesa vai trabalhar na recuperação do solo gaúcho nas áreas afetadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024
Alexandre Inacio
Waldyr Stumpf Junior (esq p/ dir.), chefe-geral da Embrapa Clima Temperado; Marcio Wally, Diretor Comercial da Yara e Clenio Pillon, diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa (Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa)

A gigante de fertilizantes Yara vai atuar para recuperar as áreas agrícolas do Rio Grande do Sul, atingidas pelas enchentes de 2024. A empresa norueguesa assinou uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para aderir ao Programa Recupera Rural RS.

O projeto foi desenhado para promover a recuperação socioprodutiva do Rio Grande do Sul. O objetivo é restaurar áreas degradadas, recuperar a fertilidade dos solos e fortalecer a resiliência dos sistemas agropecuários.

Pelo acordo, a Yara vai aportar R$ 450 mil e transferir conhecimento e tecnologia voltadas à construção de sistemas alimentares mais resilientes e sustentáveis no Estado.

Até agora, o programa mapeou a extensão dos danos e os impactos causados pelas enchentes. A entrada da Yara marca uma nova etapa do programa, que vai se concentrar em quatro áreas prioritárias das grandes Bacias Hidrográficas Taquari-Antas e Baixo Jacuí, incluindo a implantação de Unidades de Referência Tecnológica (UTRs).

O anúncio da parceria para o Rio Grande do Sul vem na esteira da decisão da Yara de suspender a fabricação de fertilizantes fosfatados e ácido sulfúrico em Cubatão e Paulínia. A paralisação ocorrerá de forma gradual ao longo de 2025, com o término das atividades previsto para o terceiro trimestre.

A suspensão da produção de fosfatados decorre da decisão da companhia em centralizar esforços na produção de fertilizantes nitrogenados. Em dezembro, a Yara anunciou o início da produção de amônia com biometano em Cubatão.

No começo do mês, a Yara reportou um prejuízo líquido de US$ 290 milhões e queda de 4% na venda de fertilizantes no Brasil. Em 2023, as entregas no mercado doméstico somaram 1,37 milhão de toneladas, volume que recuou para 1,29 milhão no ano passado.

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