Brasil obtém status internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação

Condição foi reconhecida nesta terça-feira pela Organização Mundial de Saúde Animal
Fernando Lopes
(foto: Eduardo Savanachi/Divulgação/Abiec)

O Brasil, que reúne um dos maiores rebanhos bovinos e é um dos principais produtores e exportadores de carne do mundo, foi reconhecido nesta quinta-feira, pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês), como país livre de febre aftosa sem vacinação. O status foi obtido durante a 92ª assembleia da entidade, realizada em Paris, na França. Esse reconhecimento valoriza a carne brasileira e pode abrir novos mercados para o produto no exterior.

“O trabalho não se encerra aqui. O novo status traz também novos desafios e responsabilidades para todos os atores envolvidos, com vistas a manter o rebanho em condições sanitárias adequadas e a fortalecer cada vez mais o papel do país como grande produtor e fornecedor de alimentos de origem animal para o mercado doméstico e para o mundo”, destacou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), em nota.

Como lembrou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o novo status coroa anos de esforços conjuntos dos setores público e privado para a erradicação da aftosa e suspensão da vacinação, em linha com metas traçadas pelo Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

“Durante os cerca de dez anos de execução do PNEFA foram realizados estudos soroepidemiológicos que apontaram para a não circulação do vírus no país. A realização desses estudos é condição obrigatória para a solicitação de reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal”, lembrou a CNA.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abrafrigo, as exportações de carne bovina do país superaram 1 milhão de toneladas de janeiro a abril deste ano, com aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2024. A receita dos embarques subiu 23% na comparação, para US$ 4,6 bilhões.

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