Ajustes para cima nas colheitas de soja e da safrinha de milho levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar para 336,1 milhões de toneladas sua estimativa para a produção total de grãos no país neste ciclo 2024/25. O volume, recorde, é 1% superior ao previsto pela estatal em maio e, se confirmado, representará um aumento de 13%, ou 38,6 milhões de toneladas, em relação ao da temporada 2023/24.
Para a soja, carro-chefe do agro brasileiro, a Conab passou a calcular a colheita em 169,6 milhões de toneladas no boletim divulgado nesta quinta-feira, 1,3 milhão a mais que o projetado no mês passado. Trata-se da melhor marca da história, com incremento de 14,8% ante 2023/24, temporada que foi prejudicada pelo clima, sobretudo em Mato Grosso, que lidera a produção. Segundo a estatal, 99,8% da colheita já estava concluída no início de junho, restando apenas áreas pontuais no Maranhão e no Pará.
No caso da safrinha de milho, a Conab corrigiu sua estimativa para 101 milhões de toneladas, com aumentos de 1,2% ante o número previsto anteriormente e de 12,2% na comparação com o ciclo passado. Com isso, a produção total de milho do país deverá atingir 128,3 milhões de toneladas, um avanço de 11% sobre 2023/24 e segundo melhor resultado da série histórica da estatal. A Conab divide a colheita de milho no Brasil em três safras, e para a primeira calcula que o volume tenha chegado a 24,8 milhões de toneladas, com alta de 8,1%.
“A colheita da segunda safra de milho foi iniciada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. As boas produtividades alcançadas refletem as condições climáticas favoráveis ao cereal que ocorreram durante todo o ciclo, na maioria das regiões produtoras. A redução das precipitações em maio favoreceu a maturação das lavouras, e o produto colhido tem apresentado boa qualidade. Entretanto, essa redução das chuvas poderá comprometer a produtividade das áreas semeadas tardiamente, principalmente em Minas Gerais e parte de São Paulo e Goiás, caso não ocorram novas precipitações”, realçou a Conab.
Para arroz e feijão, o novo boletim da Conab trouxe apenas leves ajustes. A produção de arroz está estimada em 12,1 milhões de toneladas, 14,9% superior à registrada em 2023/24, e a de feijão, dividida em três safras, está projetada em 3,2 milhões de toneladas, com queda de 0,8% em igual comparação. O quadro do algodão também não mudou. A estatal prevê que a produção da pluma chegará a 3,9 milhões de toneladas, volume 5,7% superior ao do ciclo anterior. Para o trigo, finalmente, a estatal prevê um volume de 8,2 milhões de toneladas, 3,8% maior que o colhido no ano passado.
IBGE
Nas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também divulgou novos números sobre a safra de grãos nesta quinta-feira, a colheita total vai atingir o recorde de 332,6 milhões de toneladas em 2025, com incremento de 13,6%, ou 39,9 milhões de toneladas, na comparação com 2024. Soja, milho e arroz representam 92,7% do total projetado, que será liderado pelas regiões Centro-Oeste (51,1%) e Sul (25,3%).
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