O clima favorável na maior parte das regiões produtoras levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a novamente elevar sua estimativa para a safrinha de milho no país na temporada 2024/25. Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pela estatal, a colheita da segunda safra do cereal, que está na reta final, deverá render 109,6 milhões de toneladas, 5,1 milhões de toneladas a mais que o previsto no relatório anterior e volume, recorde, 21,7% superior ao registrado em 2023/24.
Com esse ajuste, a Conab passou a calcular a produção total de milho em 137 milhões de toneladas no ciclo atual, um aumento de 18,6% ante o passado. Assim, também nessa frente será a melhor marca da história, como já havia acontecido com a soja, carro-chefe do agro brasileiro. A colheita da oleaginosa atingiu 169,7 milhões de toneladas em 2024/25, com incremento de 14,8% em relação a 2023/24.
Tanto a soja quanto o milho sofreram com condições climáticas mais adversas na temporada passada, daí os fortes avanços das produtividades observados este ano – 11,3% e 15,2%, respectivamente. E ambos são responsáveis, portanto, por mais esta safra recorde de grãos em geral. De acordo com a Conab, a produção total chegará a 345,2 milhões de toneladas, 16% mais que no ciclo anterior.
Também colaboraram para esse recorde colheitas robustas de arroz e algodão. A Conab trabalha com produções de 12,3 milhões de toneladas de arroz, 16,5% mais que em 2023/24, e 3,9 milhões de toneladas de algodão em pluma, alta de 6,3%. Para o feijão, a estatal sinaliza queda de 3,5% no volume total, para 3,1 milhões de toneladas. E no caso do trigo, finalmente, a perspectiva é de estabilidade (7,8 milhões de toneladas).
IBGE
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também atualizou nesta quinta-feira seus números para a colheita de grãos no país este ano, o volume total vai atingir 340,5 milhões de toneladas, um incremento de 16,3% na comparação com 2024. Soja, milho e arroz vão responder por 92,7% da produção total, que será liderada pela região Centro-Oeste, com fatia de 51,5%.
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