Embaladas pela demanda chinesa, as exportações de carne bovina do Brasil voltaram a bater recorde em 2024. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume dos embarques alcançou 3,193 milhões de toneladas, 26% mais que em 2023, e a receita das vendas cresceu 21%, para US$ 13,1 bilhões.
O menor incremento da receita em relação ao avanço do volume se explica pela queda dos preços médios de venda, em boa medida compensada pela valorização do dólar ante o real, sobretudo nos últimos meses do ano passado. Em 2024, o preço médio dos cortes vendidos pelos frigoríficos brasileiros ao exterior atingiu US$ 4.113 por toneladas, contra US$ 4.277 em 2023.
No ano passado, as importações chinesas de carne bovina do Brasil somaram 1,327 milhão de toneladas e renderam praticamente US$ 6 bilhões, com altas de 9,8% em volume e 4% em valor na comparação com os resultados de 2023. Ainda assim, a participação do país asiático no volume total de vendas caiu de 47,7% para 41,5% na comparação. Na receita total dos embarques, a fatia da China recuou de 53,1% para 45,6%.
O grande destaque de 2024 entre os países compradores foram os Estados Unidos, que ainda amargam um ciclo pecuário de baixa oferta. As exportações do Brasil para o país da América do Norte chegaram a 532,7 mil toneladas, 49,1% mais que no ano anterior, com valor equivalente 46,8% maior (US$ 1,6 bilhão).
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