Fávaro volta a pedir a Haddad taxas de juros atraentes no próximo Plano Safra

Alta da Selic, contudo, sugere elevações; modernização do seguro rural também continua na pauta
Fernando Lopes

Apesar de o aumento da Selic sugerir que os juros do próximo Plano Safra (2025/26) serão superiores aos praticadas neste plano que terminará em junho, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, continua a tentar junto à equipe econômica do governo que as taxas sejam mantidas nos patamares atuais ou tenham apenas um leve aumento. 

Em reunião ontem com seu colega da Fazenda, Fernando Haddad, Fávaro insistiu nessa tese e voltou a pediu recursos para a modernização do seguro rural, que ainda cobre uma parcela pequena da produção agrícola brasileira.

Como uma resposta às críticas que cercam a elevada inflação dos alimentos no país, Fávaro garantiu, ainda, que o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá “atenção especial” no Plano Safra 2025/26, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura. 

“A ideia é que a gente possa ficar muito próximo dos atuais 8% de juros ao ano para que o Plano continue sendo bastante atrativo para os médios produtores e a gente possa, então, fazer esse direcionamento para plantar mais arroz, feijão, batata. São os médios produtores que vão ter abundância da safra brasileira para aquilo que vai para a mesa dos brasileiros”, afirmou Fávaro.

Para os produtores das cadeias exportadoras, a intenção da Agricultura é criar linhas de crédito dolarizadas, com juros mais baixos e sem custos para o Tesouro Nacional. O Tesouro, vale lembrar, arca com os custos da equalização dos juros do Plano Safra quando as taxas estão mais baixas que a Selic, como acontece atualmente. 

Ainda de acordo com o ministério, será lançado nos próximos dias o Eco Invest Brasil – Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial para o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), criado com o objetivo de atrair investimentos estrangeiros para práticas ecologicamente corretas no campo do país.

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