A FriGol, um dos maiores frigoríficos de carne bovina do país, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 1 milhão, ante prejuízo de cerca de R$ 5 milhões em igual intervalo de 2024. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 56% na comparação, para R$ 9,7 milhões, enquanto a receita líquida cresceu 18%, para R$ 972 milhões.
Segundo a companhia, a queda do Ebitda decorreu de uma redução da oferta de gado no período, movimento que se refletiu na alta dos preços da arroba e pressionou suas margens de lucro nos mercados doméstico e internacional, apesar do aumento de 9% da tonelada da carne exportada. Com o encolhimento, a FriGol abateu 159 mil bovinos de janeiro a março em suas três unidades (duas no Pará e uma em São Paulo), 7% menos que no mesmo período do ano passado.
“Tradicionalmente, o primeiro trimestre costuma ser o mais fraco em nosso setor. Em 2023 e 2024, tivemos prejuízo no período. Agora, registramos aumento nas receitas e no lucro mesmo em meio aos desafios da baixa oferta de gado”, afirma Luciano Pascon, CEO da FriGol, em comunicado. A expectativa é de melhora dos resultados neste segundo trimestre, sobretudo em virtude da queda das cotações da arroba e da tendência de incremento dos preços da carne para exportação.
De janeiro a março, informou a FriGol, as vendas no mercado externo representaram 51% da receita bruta, que totalizou R$ 1 bilhão, enquanto a comercialização interna respondeu pelos demais 49%. A China foi o destino de 68% da receita dos embarques, ante 79% de janeiro a março de 2024, seguida por Israel (9%), Canadá (7%) e Hong Kong (3%).
A empresa destacou, ainda, que encerrou o trimestre com caixa de R$ 230 milhões e alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 2,1 vezes. Iniciativas voltadas para ampliação da produtividade e redução de despesas elevaram momentaneamente os custos, mas a expectativa é que os reflexos sejam positivos neste e nos próximos trimestres, conforme a FriGol.
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