Mesmo com todas as restrições orçamentárias que enfrenta há anos, o Instituto Agronômico (IAC), com sede em Campinas, não para. Vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o instituto comemora nesta sexta-feira 138 anos, e tem muitos resultados para mostrar: apenas nos últimos 12 meses, lançou 20 novas cultivares de diversas espécies, entre as quais feijão, citros, cana-de-açúcar, batata e milho.
Para comemorar a data, o IAC destacou, em comunicado, o recente lançamento de duas novas cultivares copa de laranjas Kawatta e Majorca, precoces e com boa qualidade para a produção de suco ou para consumo in natura. “Esses materiais foram avaliados em diferentes condições climáticas paulistas e se adaptam bem em condições distintas de clima”, diz Marinês Bastianel, pesquisadora do IAC, no comunicado.
Com esse perfil, realçou, as cultivares podem ajudar da abertura de novas fronteiras para os citros, pois têm potencial para serem validadas em regiões com condições diferentes das tradicionalmente utilizadas para o cultivo de laranjas em São Paulo. Essas novidades foram desenvolvidas em parceria pelo Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”, do IAC, pela Embrapa e pela Fundação Coopercitrus/Credicitrus.
“A geração e transferência de novas soluções tecnológicas está na missão e na programação científica do IAC. Mais recentemente, a busca por respostas é feita em parceria com a iniciativa privada e com outras instituições de pesquisa, ensino e associações de agricultores”, reforçou o IAC.
Ainda no terreno das novidades, o instituto informou que seu Programa Cana deverá liberar para o mercado, em novembro, duas novas variedades de cana-de-açúcar com características de alta produtividade agroindustrial e fechamento rápido de entrelinhas de plantio. E vale lembrar que, recentemente, o IAC já lançou este ano sua 60ª cultivar de feijão carioca, com tolerância à antracnose (doença causada por fungos) e ao escurecimento dos grãos.
O IAC foi fundado em 1887, por D. Pedro II. De lá para cá, desenvolveu 1.189 cultivares de uma centena de espécies. Entre elas estão 69 cultivares de café arábica, semeadas em cerca de 90% dos cafezais da espécie no Brasil. “Com um legado que envolve cerca de 628 mestres e doutores formados em sua Pós-graduação em Agricultura Tropical e Subtropical, o IAC segue firme em sua missão de cultivar conhecimento, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável para o Brasil do presente e do futuro”, concluiu o órgão.
Inscreva-se para receber
as notícias gratuitamente
Ao inserir seu e-mail, você concorda em receber a newsletter do NPAgro. Você pode cancelar sua inscrição a qualquer momento