Indústria reduz em US$ 2,4 bi projeção para exportações de soja e derivados

Abiove agora calcula o valor total em US$ 51,6 bilhões em 2025, 4,4% menos que em 2024, por causa da piora do cenário para preços
Fernando Lopes

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu em pouco mais de US$ 2,4 bilhões sua estimativa para as exportações de soja e derivados do país em 2025. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a entidade passou a calcular o valor total dos embarques em US$ 51,571 bilhões, ante os US$ 53,996 bilhões previstos no mês passado. Na comparação com o resultado de 2024 (US$ 53,943 bilhões), o novo número representa uma queda de 4,4%.

O ajuste para baixo refletiu a piora do cenário traçado para os preços médios dos embarques de soja e farelo. No caso do grão, a Abiove agora projeta uma cotação média de US$ 400 por tonelada exportada, abaixo dos US$ 420 indicados em fevereiro e dos US$ 435 do ano passado. O volume foi mantido em 106,1 milhões de toneladas, e assim a receita das exportações da matéria-prima diminuiu para US$ 42,440 bilhões, US$ 2,122 bilhões a menos que o calculado anteriormente e montante 1,2% inferior ao de 2024.

Para o farelo, a entidade passou a trabalhar com preço médio de US$ 335 a tonelada, US$ 20 abaixo do previsto em fevereiro e 20% menos que no ano passado. O volume das vendas do derivado ao exterior também foi mantido, em 23,6 milhões de toneladas, e a receita das exportações agora está projetada em US$ 7,906 bilhões, com quedas de US$ 472 milhões ante o número sinalizado no mês passado e de 18,4% na comparação com 2024.

O óleo de soja também não passou ileso pelas correções, mas com saldo positivo para as exportações, por causa do maior volume estimado agora.. A Abiove passou a calcular a receita dos embarques do produto em 2025 em US$ 1,225 bilhão (redução de 6,6% ante 2024), fruto de vendas de 1,4 milhão de toneladas (alta de 2,4%) a uma cotação média de US$ 875 a tonelada (baixa de 8,8%). O incremento do volume – em fevereiro o cenário indicava 1,1 milhão de toneladas) – derivada da suspensão do aumento do percentual de mistura de biodiesel no diesel fóssil comercializado no país.

Ainda de acordo com a entidade, que representa grandes empresas como ADM, Bunge, Cargill, Louis Dreyfus Company, Cofco e Amaggi, a colheita brasileira de soja alcançará o recorde de 170,9 milhões de toneladas neste ano (safra 2024/25), 10,7% mais que em 2024. Desse total, 57,5 milhões de toneladas serão esmagadas para a produção de farelo e óleo, um incremento de 3% em igual comparação.

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