Mais um ano de crescimento do confinamento de gado no Brasil

Segundo censo realizado pela dsm-firmenich, avanço em 2025 será de 7,1% ante 2024, para 8,5 milhões de cabeças
Fernando Lopes
(foto: Eduardo Savanachi/Divulgação/Abiec)

Deverão ser confinadas no Brasil 8,53 milhões de cabeças de gado em 2025, segundo censo realizado pela dsm-firmenich, que atua nos segmentos de nutrição e saúde animal, entre outros, e é dona da marca Tortuga (suplementos) e Farm Tell (softwares de gestão de fazendas). O número é 7,1% maior que o apurado pela empresa no ano passado (7,96 milhões) e reforça a tendência de intensificação da pecuária brasileira.

De acordo com o censo, Mato Grosso, que reúne o maior rebanho bovino do país, lidera também o confinamento e vai puxar a alta, com previsão de 2,1 milhões de cabeças neste ano, um aumento de 23,5% em relação a 2024. Em segundo lugar no ranking está São Paulo, onde deverão ser confinadas 1,34 milhão de cabeças (+3,8%), seguido por Goiás, com 1,1 milhão de cabeças (-1,5%), Mato Grosso do Sul, com 957 mil cabeças (+6,7%), e Minas Gerais, com 740 mil (-7,2%). Os cinco Estados respondem por mais da metade do total nacional.

“Desde 2017, realizamos o Censo como uma ferramenta estratégica para monitorar a evolução do setor e mapear oportunidades. A edição de 2025 reforça o avanço do sistema intensivo e a força do Brasil como líder global, ao mesmo tempo em que aponta desafios que podem ser enfrentados com tecnologia, gestão e visão de longo prazo”, afirma Tiago Acedo, gerente de marketing para a América Latina da dsm-firmenich, em nota divulgada após a apresentação dos dados.

O número de bovinos confirmados no país vem crescendo ininterruptamente no país desde 2017, ano em que pouco menos de 5 milhões de cabeças entraram no sistema. Entre os desafios que cercam o crescimento da atividade este ano, está um possível aumento dos preços do milho no segundo semestre. Embora as projeções apontem para uma colheita recorde na atual safrinha, certamente superior a 100 milhões de toneladas, e elevação da mistura de etanol na gasolina, de 27% para 30%, tende a ampliar a concorrência pelo cereal, que também serve para a produção do biocombustível.

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