Mesmo diante de cenário difícil, Fex Agro prevê crescer mais de 60% em 2025

Empresa comercializa grãos, oleaginosas, insumos e ingredientes para nutrição animal, e projeta faturar R$ 225 milhões em 2025
Fernando Lopes

Após faturar R$ 91,1 milhões no primeiro semestre, 55% mais que no mesmo período de 2024, a Fex Agro prevê crescer 62% em 2025 como um todo e alcançar uma receita de R$ 225 milhões. Fundada em 2012, a empresa, com sede na capital de São Paulo, é especializada na comercialização de grãos, oleaginosas, insumos agrícolas e ingredientes para nutrição animal. 

O avanço previsto tende a ser garantido sobretudo pelo aumento da participação no mercado de insumos, com destaque para as operações de barter (troca de insumos por colheitas futuras). Mas isso não significa, porém, que o caminho rumo ao crescimento projetado será livre de obstáculos.

“Estamos diante de um cenário desafiador, com o alto custo dos fertilizantes, sobretudo fosfatados e nitrogenados, pressionados por questões geopolíticas e cambiais, além da concorrência de outras indústrias. Soma-se a isso a queda nos preços de commodities como soja e milho, que tem prejudicado a relação de troca dos insumos agrícolas”, afirma Daniel Barbosa, CEO da Fex Agro, em nota.

Além das cotações mais baixas dos grãos, a empresa enxerga as elevadas taxas de juros no país e o aumento da aversão ao risco no mercado como fatores que ampliam incertezas, e por isso mantém cautela em relação à safra 2025/26. Nesse contexto, Barbosa esperava mais do Plano Safra com juros mais salgados anunciado pelo governo para a temporada – inclusive porque, com a inflação, o volume total de recursos reservados pelo governo é menor que em 2024/25, e boa parte do total terá juros livres. 

“As altas taxas de juros encarecem financiamentos e custeios. Além disso, vimos nos últimos dois anos uma deterioração da liquidez em várias cadeias do agronegócio, com aumento nos pedidos de recuperação judicial. Isso deixou o capital mais escasso e caro, pressionando as margens econômicas”, diz Barbosa.

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