Minerva voltou ao azul no 1º trimestre, e Ebitda da empresa cresceu 53%

Receita líquida da maior exportadora de carne bovina da América do Sul aumentou quase 56% e alcançou R$ 11,2 bilhões
Fernando Lopes

A Minerva Foods, que lidera as exportações de carne bovina da América do Sul, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 185 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 186,2 milhões registrado em igual intervalo do ano passado. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia aumentou 53,1%, para R$ 962,6 milhões, enquanto sua receita líquida cresceu 55,8% e alcançou R$ 11,196 bilhões.

Tanto o Ebitda quanto a receita bateram novos recordes para o período. E os resultados foram impulsionados pela boa performance das exportações. Segundo a empresa, os embarques a partir dos países nos quais está presente (Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Colômbia, Austrália e Chile) representaram 57% da receita bruta de R$ 11,933 bilhões do primeiro trimestre. 

“Mesmo com a sazonalidade típica do início do ano, tivemos uma performance impulsionada pela aceleração do mercado chinês e, principalmente, pelas restrições na oferta carne bovina nos Estados Unidos — que seguem enfrentando um dos piores ciclos pecuários de sua história. Nesse cenário, EUA e China representaram, respectivamente, 35% e 15% da receita de exportação de carne bovina da companhia no trimestre, reforçando os benefícios da nossa diversificação geográfica e a capacidade de arbitrar mercados globais”, informou a Minerva, em texto que acompanha os resultados divulgados nesta quarta-feira.

A companhia realçou que os avanços observados foram potencializados por novas habilitações para exportação conquistadas em 2024. Quatro novas unidades, localizadas no Brasil e na Colômbia, receberam sinal verde para vender seus produtos à China, e mais uma fábrica brasileira obteve aval para realizar embarques aos EUA. A empresa afirma que continua otimista com os negócios, principalmente em razão da  oferta ainda farta de gado no Brasil e os crescentes abates no Paraguai. De janeiro a março, a Minerva abateu, no total, 1,4 milhão de cabeças de bovinos, um avanço de 39% na comparação anual.

Também no início do ano, a Minerva deu continuidade à integração dos ativos adquiridos da Marfrig. As 13 plantas incorporadas no Brasil, na Argentina e no Chile tiveram, pela primeira vez, um trimestre completo de resultados, e eles foram promissores.

“No Brasil, os ativos registraram aumentos de 84% na receita e de 107% no volume de vendas em comparação com o quarto trimestre de 2024. Na Argentina, os resultados também foram expressivos, com crescimentos de 141% na receita e de 97% no volume vendido na comparação com o trimestre anterior. Já o Chile apresentou seus primeiros resultados no período, com uma receita de R$ 18,7 milhões e volume total de 386 toneladas vendidas”, informou a companhia. 

Em larga medida por causa dessa grande aquisição de ativos, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) da Minerva cresceu de 2,8 vezes, no primeiro trimestre de 2024, para 3,7 vezes de janeiro a março de 2025. Em decorrência de investimentos, pagamento de juros e capital de giro, o fluxo de caixa livre da companhia foi negativos em R$ 514,2 milhões. Já a posição de caixa fechou o primeiro trimestre em R$ 11,9 bilhões.

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