A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, informou nesta quinta-feira que acertou a venda de 55 usinas de geração distribuída (GD) de energia elétrica, por cerca de R$ 600 milhões. Segundo a empresa, quase todas as unidades estão operacionais, com capacidade nominal instalada de até 142 megawatts-pico (MWp). Do pacote total, 44 usinas foram negociadas com a Thopen Energia e 11 com a Gera Holding Desenvolvedora.
O negócio ainda depende do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Uma vez aprovado, os pagamentos cairão na conta da Raízen à medida que a transferência dos ativos for sendo realizado, num processo que deverá ser concluído em março de 2026. “Com isso, a Raízen conclui a venda de parcela relevante de seus projetos de GD e encerra a joint venture com o Grupo Gera, cumprindo seu objetivo de desenvolver projetos de geração distribuída e soluções de tecnologia relacionadas à contratação, gestão e consumo de energia elétrica”, informou a companhia.
Trata-se de mais um passo da Raízen para reduzir seu endividamento e gerar mais valor aos acionistas. A estratégia inclui reciclagem do portfólio de ativos, simplificação das operações, redução de despesas e racionalização de investimentos. A companhia encerrou o exercício 2024/25, em março, com dívida líquida de R$ 34,3 bilhões, 79% maior que no fim do ciclo 2023/24, e alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 3,2 vezes.
Como parte dessa mesma estratégia, no último dia 15 a Raízen informou que decidiu descontinuar as operações da tradicional Usina Santa Elisa, localizada no município de Sertãozinho (SP), por tempo indeterminado, e que assinou contratos para a venda de até 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (própria e de terceiros), por R$ 1,045 bilhão. Antes disso, em maio, a companhia já havia anunciado a venda da Usina e Leme, situada em Piracicaba (SP), por R$ 425 milhões.
Ainda como parte dos planos do grupo, a subsidiária Raízen Fuels Finance também precificou a emissão de US$ 750 milhões em notes, enquanto Raízen S.A. e Raízen Energia assinaram um “Protocolo e Justificação de Cisão Parcial da Raízen S.A. com versão do Acervo Líquido Cindido para Raízen Energia”, com o objetivo de otimizar estruturas de capital e gestão e concentrar a participação societária detida pelo grupo em sociedades no exterior.
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