USDA prevê relação global mais apertada entre oferta e demanda de milho em 2025/26

Para a soja, órgão americano projeta mais uma safra confortável, o que deixa pouco espaço para altas expressivas de preços
Fernando Lopes

Se a relação global entre oferta e consumo de milho já está apertada nesta safra 2024/25, cuja colheita está na reta final no Hemisfério Sul, a tendência é que a situação piore em 2025/26, o que poderá oferecer maior sustentação às cotações internacionais do cereal a partir do segundo semestre deste ano.

Segundo as mais recentes estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os estoques finais de milho deverão representar 22,7% da demanda total mundial em 2024/25, ante 25,9% em 2023/24. Segundo analistas, o patamar de equilíbrio é entre 27% e 28%, e em 2025/26 o percentual deverá cair para 21,6%, um dos menores níveis dos últimos anos.

O USDA projeta os estoques iniciais na nova temporada em 285,04 milhões de toneladas, a produção global em 1,266 bilhão de toneladas, a demanda total em 1,278 bilhão de toneladas e os estoques finais em 275,24 milhões.

Em 2025/26, a produção mundial deverá ser liderada pelos EUA, com 401,85 milhões de toneladas, e o país também tende a encabeçar as exportações, com 67,95 milhões. No ranking dos produtores, o Brasil está em terceiro lugar, atrás da China, com previsão de colheita de 131 milhões de toneladas. Na lista de exportadores, aparece em segundo, com 43 milhões.

Soja

No tabuleiro da soja, as contas do USDA indicam que os estoques finais globais deverão representar 29,5% em 2025/26, o que significará a terceira temporada consecutiva de relação confortável, o que ajuda a manter as cotações internacionais em patamares mais baixos. Em 2024/25, o percentual deverá ficar em 30,3%, e em 2023/24 foi de 30%.

Conforme o USDA, em 2025/26 os estoques iniciais globais de soja serão de 124,2 milhões de toneladas, a produção mundial chegará a 426,82 milhões, a demanda atingirá 424,15 milhões e os estoques finais, 125,3 milhões de toneladas.

Nesse mercado, o órgão acredita que Brasil voltará a puxar a produção, com 175 milhões de toneladas, e as exportações, com 112 milhões. Nos dois casos, os EUA deverão ficar em segundo lugar, com 118,12 milhões e 49,4 milhões de toneladas, respectivamente 

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