Os abates de bovinos, frangos e suínos no primeiro trimestre bateram recordes históricos para o período no país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A boa oferta favoreceu as atividades dos frigoríficos – sobretudo os de carne bovina, que poderão ver o ciclo da pecuária se tornar negativo (baixa oferta de animais) ainda este ano, segundo diferentes previsões.
De acordo com o IBGE, foram para o gancho 9,87 milhões de cabeças de bovinos de janeiro a março, 4,6% mais que em igual intervalo de 2024. A demanda permaneceu aquecida no período, sobretudo no mercado externo, e o grande destaque foram os abates de fêmeas – que cresceram 11,3% na comparação, bateram recorde e representaram quase metade do total.
“Esse movimento de alta no abate de fêmeas teve início em 2022, ano em que o preço do bezerro começou a cair, e isso acaba reduzindo a atratividade da cria. Um ponto que chama a atenção, também, é o abate de novilhas, que são fêmeas jovens. É um movimento que está associado à maior demanda por uma carne premium, de maior qualidade, e a uma preferência internacional por animais mais jovens”, disse a gerente da pesquisa de abates do IBGE, Angela Lordão, em comunicado.
Frango e suínos
Os abates de frango, conforme o IBGE, somaram 1,64 bilhão de cabeças, com aumento de 2,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O avanço também se deu em meio a uma forte demanda no país e no mercado internacional. Vale destacar que o fluxo do comércio ainda não estava sendo afetado pelas barreiras impostas após a confirmação, em meados de maio, do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país, em Montenegro (RS).
No caso dos suínos, foram abatidas 14,33 milhões de cabeças de janeiro a março, com avanço de 1,6% sobre o mesmo período de 2024. Apesar do crescimento, o IBGE realçou que houve uma desaceleração, com os criadores buscando manter a oferta ajustada ao consumo. O aumento das exportações, mais diversificadas, também colabora para esse equilíbrio.
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