A Biotrop, uma das maiores empresas de insumos biológicos do país, cresceu mais que o mercado como um todo no ano passado, apesar das turbulências que ainda afetaram demanda e preços dos produtos, e espera alcançar um faturamento próximo de R$ 1 bilhão em 2025. Em 2024, a receita da empresa alcançou R$ 762 milhões – abaixo das expectativas iniciais, mas ainda 23,3% maior que a registrada em 2023 (R$ 618 milhões).
Segundo Thales Facanali Martins, gerente de portfólio da Biotrop, a expectativa é atingir R$ 915 milhões neste ano, com crescimentos das vendas em suas principais categorias de produtos. Em 2024, quando a área total tratada com os insumos da companhia chegou a 41 milhões de hectares no Brasil, ante 32 milhões no ano anterior, os biofungicidas foram usados em 10 milhões de hectares, os bionematicidas em 8 milhões e os bioinseticidas, em 5 milhões de hectares.
“Cada vez mais, o produtor rural está ‘trocando a chave’ e investindo nos biológicos”, afirmou Martins ao NPagro. Estima-se que, atualmente, a área tratada com defensivos biológicos no país represente 6% da área protegida com químicos. Com o ganho de eficiência dos biológicos nos últimos anos, aliado ao aumento da resistência de algumas pragas aos químicos, o percentual tende a continuar aumentando nos próximos anos.
Martins realçou que os “biológicos não são vendidos, são ofertados”, e que a Biotrop conta com 300 pessoas no campo fazendo esse trabalho. A região Sul tem grande força nesse mercado, embora todas as regiões experimentem avanço dos biológicos, e a firme demanda por produtos que podem ser aplicados em plantações de cana-de-açúcar foi um dos destaques do segmento no ano passado. “Junto com soja e milho, a cana já é um dos principais ‘drivers’ desse segmento. Algodão, café e citros deverão ganhar força nos próximos anos”, afirmou.
Com comercialização direta, inclusive para cooperativas, e distribuídas por revendas espalhadas por todo o país, a Biotrop é um dos principaís braços do grupo belga BioFirst, líder global em tecnologias biológicas, com faturamento anual da ordem de 500 milhões de euros. No próximos dois anos, pretende lançar cerca de dez novos produtos no mercado brasileiro, fruto de investimentos em pesquisa e desenvolvimento que costumam representar 20% de seu faturamento anual.
Inscreva-se para receber
as notícias gratuitamente
Ao inserir seu e-mail, você concorda em receber a newsletter do NPAgro. Você pode cancelar sua inscrição a qualquer momento