O caso de influenza aviária confirmado pelo governo brasileiro na semana passada em Montenego, no Rio Grande do Sul, provocou uma onda de barreiras à carne de frango brasileira e seus derivados.
Um ofício circular divulgado pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) na noite de sexta-feira indica que as 27 nações da União Europeia e outros 52 países já impuseram algum tipo de restrição ao produto brasileiro.
O documento foi endereçado ao Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (Sipoa) e aos chefes das divisões de defesa agropecuária. Nele, o ministério lista os países para onde as exportações foram suspensas nacionalmente e regionalmente.
Algumas dessas barreiras suspendem as importações de todo o país. Pelo menos 20 países estão nessa situação. Outras têm efeito regional, restrito ao Rio Grande do Sul ou até mesmo apenas à cidade de Montenegro.
O potencial das perdas econômicas é crescente. Os 79 países que já impuseram algum tipo de restrição aos embarques brasileiros de carne de frango responderam por mais 62% de todo o volume exportado pelo país em 2024. No ano passado, o Brasil exportou 5,2 milhões de toneladas.
Agora, o governo tenta negociar com esses países a retomada do comércio, antes mesmo do prazo previsto. O período de incubação do vírus é de 28 dias. Pelos protocolos estabelecidos, a retomada das vendas poderia acontecer após esse período, desde que não ocorra mais nenhum caso.
Contudo, o próprio ministério já informou que investiga a ocorrência de dois novos casos em criações comerciais. Um deles é no município de Ipumirim, em Santa Catarina, um dos maiores Estados produtores e exportadores de carne de frango do Brasil. Uma segunda ocorrência é investigada em Aguiarnópolis, no Tocantins.
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