Menos de um mês depois de anunciar sua saída do negócio de margarinas na Europa, a Bunge acaba de anunciar que está se desfazendo de sua operação de moagem de milho nos Estados Unidos. A gigante do agronegócio vendeu seus negócios de moagem do cereal e massas secas para a americana Grain Craft.
O copresidente de agronegócios da Bunge, Julio Garros, comentou: “Consideramos cuidadosamente como este negócio regional se encaixa em nossos planos de longo prazo e tomamos a decisão estratégica de focar em outras áreas de nosso negócio principal que estão mais fortemente conectadas às nossas cadeias de valor globais”, disse em nota o copresidente de agronegócios da Bunge, Julio Garros.
Com o negócio, a Grain Carft, considerada uma das maiores processadoras e fabricantes independente de farinhas dos Estados Unidos, incorpora 600 funcionários e as plantas de Crete, Atchison, Danville, Muleshoe, Red Oak e Worthington. A aquisição ainda conta com a unidade de transbordo e embalagem em Querétaro, no México.
“Esta aquisição transformadora expande nossa oferta de produtos para uma categoria adjacente e, juntamente com a expertise de toda a nossa equipe, aumentará nossa capacidade de atender nossos clientes em um espectro mais amplo de ingredientes alimentícios”, disse Pete Frederick, presidente e CEO da Grain Craft.
A empresa atua no mercado de farinhas premium a granel e ensacadas para os setores de panificação, food service, tortilhas e pizzas. No total, a Grain Craft tem 15 unidades (sem considerar as recém adquiridas) de moagem espalhadas de costa a costa dos Estados Unidos. Nos últimos anos a empresa vem consolidando o setor.
A Grain Craft foi fundada em 1990 como Milner Milling. Em 2001, fundiu suas operações em uma joint venture com a Keer Pacific para criar a Pendleton Flours e, no mesmo ano, adquirir a Fisher Mills. Nos dez anos seguintes expande organicamente suas operações pelos Estados Unidos até comprar a Cereal Foods, em 2014. Naquele mesmo ano, faz um rebrand de suas marcas e cria a Grain Craft.
No fim de fevereiro, a Bunge vendeu suas operações de margarinas e cremes na Alemanha, Finlândia, Polônia e Hungria para o grupo familiar belga Vandemoortele. A transação incluiu as fábricas e também 20 marcas de consumo, de um negócio que fatura anualmente € 450 milhões.
À época, Pierre Mauger diretor de transformação da Bunge e presidente interino de unidade de Food Solutions, disse que ao deixar o mercado de margarinas na Europa, a Bunge seguia sua estratégia de centrar esforços nas cadeias de valor integradas de grãos e oleaginosas e no segmento B2B, especialmente para ingredientes.
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