Cargill conclui aquisição da fatia que ainda não tinha na SJC Bioenergia

Multinacional agora tem 100% da empresa, que processa cana e milho em Goiás
Fernando Lopes
Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil e do Negócio Agrícola na América Latina (foto: Divulgação)

A americana Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo e líder do setor também no Brasil, informou que concluiu a aquisição dos 50% que ainda não detinha na SJC Bioenergia, que processa cana e milho em duas unidades localizadas em Goiás, nos municípios de Quirinópolis e Cachoeira Dourada. O valor do negócio não foi revelado. Depois do sinal verde dos órgãos regulatórios, a SJC passou a se chamar Cargill Bioenergia.

“Desde 2011 temos participado como sócios da SJC Bioenergia. Consolidar o controle da companhia é um reconhecimento ao potencial e aos resultados alcançados pelo negócio, assim como uma oportunidade de alavancar todo seu potencial, aproveitando sinergias com as operações já existentes no portfólio da Cargill”, afirma Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil e do Negócio Agrícola na América Latina, em nota.

Como já informou o NPagro, a SJC foi fundada em 2006, e desde de 2011 era controlada por uma joint venture formada por Cargill e NK 152 Empreendimentos e Participações. De 2011 para cá, a SJC elevou de 1,3 milhão para 9 milhões de toneladas equivalentes de cana por safra a capacidade total de processamento de suas plantas. A companhia produz açúcar bruto, etanol anidro e hidratado, óleo de milho e DDG (usado na alimentação animal), e conta com 4,5 mil funcionários.

A Cargill, por sua vez, é uma gigante de controle familiar com 160 anos, que há décadas tem no Brasil uma de suas principais fontes de originação, processamento e exportação de grãos como soja e milho, além de outras atividades em diferentes cadeias produtivas. No total, conta com mais de duas dezenas de fábricas no país. Em 2023, a companhia investiu R$ 2,6 bilhões, movimentou mais de 50 milhões de toneladas de produtos agrícolas e obteve receita líquida recorde de R$ 126,4 bilhões no mercado brasileiro.

No Brasil, a produção de biocombustíveis da múlti também contempla o biodiesel fabricado a partir da soja. “A produção de energia obtida a partir de matérias-primas de baixo carbono se alinha à estratégia da empresa de alimentar o mundo de forma segura, responsável e sustentável, contribuindo tanto com a produção como com o transporte dos produtos”, informou a Cargill.

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