A americana Cargill, maior empresa de agronegócios do mundo e líder do setor também no Brasil, continuará a operar na área portuária conhecida como PAR15, em Paranaguá, por mais 35 anos. Três terminais do porto paranaense foram licitados nesta quarta-feira, e a multinacional venceu o certame para manter o que já estava sob seu controle desde 1990.
O terminal da companhia, que tem cerca de 200 funcionários, ocupa uma área de pouco mais de 43 mil metros quadrados e conta com quatro silos horizontais, com capacidade de armazenagem total de 115 mil toneladas. Por ali são exportados soja em grão e farelo de soja. Com operações em outros portos importantes do país, a Cargill é a maior exportadora de grãos produzidos no Brasil.
“Este ano celebramos 60 anos da Cargill no Brasil e a nossa relação com o Estado do Paraná vem de longa data: nossa primeira fábrica no País, em Ponta Grossa, opera há 52 anos e estamos no Porto de Paranaguá há 35 anos”, afirma Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil e do Negócio Agrícola da empresa na América Latina.
A arrendatária será responsável pela melhoria do sistema de recepção rodoviária para atender pelo menos 2,2 milhões de toneladas por ano, incluindo a instalação de quatro novas balanças e dois novos caminhões basculantes até o quinto ano do contrato. Também será responsável pela implantação dos novos berços de atracação no “Píer T” da PAR15 e das estruturas para sua operação.
A Cargill encerrou 2024 com receita líquida de R$ 109,2 bilhões no Brasil, 13,6% menos que em 2023. Essa retração foi determinada basicamente pela redução de volumes movimentados, derivada da quebra da safra 2023/24, e pela queda dos preços de soja e milho. Por causa da guinada cambial que se aprofundou no último trimestre do ano passado, a companhia registrou prejuízo líquido de R$ 1,7 bilhão no país.
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