Mais um ajuste para cima na estimativa para a safrinha de milho levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a elevar sua projeção para a produção de grãos do país na safra 2024/25. Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pela estatal, a colheita vai totalizar 339,6 milhões de toneladas, 3,5 milhões de toneladas a mais que o previsto no relatório anterior e volume, recorde, 14,2% superior ao do ciclo 2023/24.
Todo o aumento no volume total em relação ao boletim de junho (3,5 milhões de toneladas) veio da correção para a segunda safra de milho, agora calculada em 104,5 milhões de toneladas, marca recorde 16,1% maior que a de 2023/24. Com isso, a produção total de milho, dividida pela Conab em três safras, passou a ser estimada em 132 milhões de toneladas em 2024/25, com avanço de 14,3% ante a temporada anterior.
“A colheita da segunda safra de milho alcançou 27,7% da área cultivada no início de julho, bem abaixo da média dos últimos anos, que é de 39,5%. Esse atraso foi devido às chuvas ocorridas em junho, em grande parte do país, e à redução das temperaturas, o que retardou a perda natural de umidade dos grãos. Apesar disso, as produtividades obtidas têm sido superiores às estimativas iniciais e à safra passada em quase todos os Estados produtores, resultado das boas condições climáticas e ao bom pacote tecnológico usado pelos produtores”, informou a Conab.
Para a soja, carro-chefe do agro brasileiro, cuja colheita já foi concluída, a Conab indica um volume recorde de 169,5 milhões de toneladas em 2024/25, com alta de 14,7%. No caso do arroz, a estimativa da estatal aponta para um crescimento de 16,5%, para 12,3 milhões de toneladas, enquanto no do feijão o cenário é de queda de 1,3% na soma das três safras da leguminosa, para 3,2 milhões de toneladas. Também não houve ajustes expressivos para o algodão em pluma, cuja colheita deverá chegar a 3,9 milhões de toneladas, com aumento de 6,4%.
Ainda conforme a Conab, a colheita de trigo, cuja semeadura, concentrada no Sul do país, está em andamento, deverá atingir 7,8 milhões de toneladas este ano, 0,9% menos que em 2024. “Observa-se uma (…) redução na área cultivada, indicando tendência de queda em praticamente todos os Estados produtores, com destaque para reduções mais expressivas no Rio Grande do Sul e Paraná, que possuem extensas áreas destinadas ao cultivo. Ainda assim, as condições climáticas observadas no início do ciclo (…) têm sustentado a produtividade”, avaliou a estatal.
IBGE
De acordo com novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também divulgados nesta terça-feira, a colheita total de grãos alcançará 333,3 milhões de toneladas em 2025, 13,9%, ou 40,6 milhões de toneladas, acima de 2024. Soja, milho e arroz respondem por 92,6% do volume total. A região Centro-Oeste deverá representar 51% da colheita, seguida por Sul (25,4%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,4%) e Norte (6,3%).
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