A colheita de soja já foi concluída nesta safra 2024/25 em Mato Grosso, e um novo recorde foi confirmado no Estado, que lidera a produção brasileira do grão. Segundo estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato), a área plantada cresceu 1,5% ante o ciclo 2023/24, para 12,66 milhões de hectares, e o volume chegou a 49,62 milhões de toneladas, com aumento de 27,1%. Apesar de um relativo atraso da semeadura, provocado pela escassez de chuvas, o clima mostrou-se favorável e abriu espaço para essa forte recuperação, após a quebra do ano passado.
Do volume total colhido, o Imea projeta que 30,88 milhões de toneladas serão exportadas, quase 25% mais que na safra 2023/24. Outras 12,85 milhões de toneladas deverão ser consumidas em Mato Grosso, com incremento de 1,3% em igual comparação, e 4,98 milhões serão comercializadas em outros Estados, mais que o dobro que no ciclo anterior. O Imea destaca que, com o escoamento da produção recorde, os preços da soja estão pressionados no mercado mato-grossense, mas continuam acima dos patamares observados um ano atrás. E, além disso, os prêmios nos portos estão positivos.
“Embora tenham ocorrido quedas semanais, os prêmios em Santos e Paranaguá exibem alta de 371,05% e 306,76% quando comparados ao mesmo período do ano passado, respectivamente. Essa valorização é devido à maior procura por soja nos portos, principalmente pela China, que aumentou os conflitos comerciais com os Estados Unidos, beneficiando o Brasil. Vale ressaltar que, os prêmios praticados em mar/25 foram os maiores desde out/24. Por fim, com as cotações da soja em Chicago lateralizadas e o dólar apresentando constantes quedas, o preço da oleaginosa no Brasil foi sustentado pelos prêmios”, informou o Imea.
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