O plano da JBS de promover a dupla listagem de seus papéis, no Brasil e nos Estados Unidos, foi aprovado pelos acionistas da companhia em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na manhã desta sexta-feira. Com o movimento, a maior empresa de proteínas animais do mundo, com produção em 17 países e faturamento anual superior a R$ 400 bilhões, espera ganhar maior visibilidade no mercado internacional, atrair novos investidores e destravar o valor de suas ações.
“Com a dupla listagem, buscamos uma estrutura corporativa que reflita melhor a nossa presença global e as nossas operações internacionais diversificadas, além de facilitar a implementação da nossa estratégia de crescimento e agregação de valor. A medida deve destravar ainda mais valor da JBS, com maior acesso a investidores e a juros mais competitivos, para ampliar a capacidade de financiar o crescimento a um menor custo, acelerando a estratégia de diversificação”, afirma o CFO da JBS, Guilherme Cavalcanti, em nota.
Segundo a JBS, a dupla listagem terá como veículo a JBS N.V., constituída na Holanda. A subsidiária vai obter registro de emissora estrangeira junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ter Brazilian Depositary Receipts (BDRs) negociáveis na B3, tendo como lastro “class A shares”, e nos EUA será registrada como emissora estrangeira perante a Securities and Exchange Commission (SEC) para negociar essas “class A shares” na bolsa de Nova York (Nyse). Nesse processo, as ações ordinárias da companhia não serão mais negociadas no Novo Mercado da B3.
Em fato relevante, a JBS explica que a dupla listagem será realizada mediante a incorporação, pela JBS Participações (100% controlada pela J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista), de todas as ações de emissão da JBS S.A. que ela ainda não detém. Os acionistas receberão uma ação preferencial obrigatoriamente resgatável de emissão da JBS Participações para cada duas ações da JBS S.A., que serão imediatamente resgatadas mediante a entrega de um certificado de depósito de valores mobiliários – BDRs Nível II, lastreado em uma “class A share” de emissão da JBS N.V. Assim, a subsidiária com sede na Holanda se tornará a controladora indireta da JBS S.A.
A expectativa da JBS é que as ações da JBS S.A. sejam transacionadas na B3 até o dia 6 de junho. No dia 9, deverá ser a estreia das BDRs na B3, e para o dia 12 está previsto o início das negociações das “class A shares” na bolsa de Nova York.
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