Os estoques globais de suco de laranja produzido no Brasil somavam 351,5 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ) no dia 31 de dezembro, segundo informações divulgadas pela CitrusBR, entidade que representa as gigantes Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company, que lideram as exportações no segmento. É o mais baixo nível de estoques para um fim de ano da série histórica, iniciada em 2012.
O volume, apurado por auditorias independentes, é 24,2% inferior ao registrado um ano antes (463,9 mil toneladas), e é um termômetro da escassez de suco de laranja no mundo atualmente, em virtude de problemas na oferta do Brasil – climáticos, principalmente – e nos Estados Unidos, cuja produção desabou por causa da doença conhecida como greening, também encontrada em pomares brasileiros, onde está sob maior controle.
“A produção de laranja na safra 2024/25, a menor em mais de 30 anos [no cinturão citrícola que se espalha por São Paulo e Minas Gerais, o maior do mundo], trouxe um grande nível de restrição de oferta que agora está refletida nos números.”, afirma o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, em nota. De acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a colheita de laranja deverá alcançar 228,5 milhões de caixas de 40,8 quilos nesta safra 2024/25, que terminará em junho, 25,6% menos que em 2023/24.
A cadeia produtiva acredita que a próxima safra (2025/26) renderá uma colheita de pouco mais de 300 milhões de caixas, mas ainda assim o patamar é considerado baixo para tornar viável um forte aumento da fabricação de suco – e, consequentemente, para a recomposição dos estoques. Nesse cenário, as cotações do FCOJ e do suco de laranja pronto para beber (NFC), tendem a continuar elevadas. O Brasil responde por cerca de 75% dos embarques globais totais de suco de laranja.
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