Exportações brasileiras de carne suína bateram novo recorde em junho

Segundo a ABPA, receita dos embarques cresceu 45,2% e alcançou US$ 341,6 milhões
Fernando Lopes
(Crédito: Wenderson Araujo/Sistema CNA/Senar)

A demanda aquecida por parte de Filipinas, Japão e Chile, combinada com alta de preços, resultou em forte aumento das exportações de carne suína do país em junho. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques alcançaram 137,1 mil toneladas, 28% mais que no mesmo mês de 2024, e renderam US$ 341,6 milhões, um incremento de 45,2% na comparação. O volume mensal foi o segundo maior da história, enquanto o faturamento bateu recorde.

As Filipinas lideraram as compras em junho, com 33,8 mil toneladas, marca 141,1% superior a do mesmo mês do ano passado. Em seguida vieram China, com 15,4 mil toneladas (-6,2%), Japão, com 12,8 mil (+27,7%), Chile, com 11,3 mil (+55,3%) e Cingapura, com 9,1 mil toneladas (+0,1%). “O comportamento do mercado global projeta resultados ainda mais positivos que as expectativas traçadas pelo setor produtivo em janeiro, indicando novos recordes em volume e receita”, afirma o presidente da ABPA, Ricardo Santin, em nota.

De janeiro a junho, as exportações brasileiras de carne suína somaram 722 mil toneladas, com avanço de 17,6% ante igual intervalo de 2024. E o faturamento também cresceu mais na comparação, graças ao salto dos preços médios das cargas embarcadas: 32,6%, para US$ 1,723 bilhão. “A suinocultura brasileira vive um ciclo de margens historicamente altas, sustentadas por produção mais disciplinada, custos sob controle e demanda sólida no mercado externo”, destaca a Consultoria Agro do Itaú BBA em relatório divulgado na semana passada.

“O spread estimado para a atividade foi de 8% em média no segundo semestre de 2023, subiu para 20% em 2024 e atingiu 23% no primeiro semestre de 2025. Para efeito de comparação, a média histórica desde 2016 é de apenas 1%. O spread considerado neste cálculo é definido como a diferença entre o preço do quilo do animal vivo e o custo de engorda, dividida pelo próprio preço, uma medida útil para avaliar a rentabilidade da atividade”, realça Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro.  

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