Exportações do agro caíram em fevereiro, mas embarque de soja começou a ganhar tração

Receita total das vendas setoriais ao exterior alcançou US$ 11,2 bilhões, 2,7% menos que um ano antes
Fernando Lopes
(Crédito: Wenderson Araujo/Sistema CNA/Senar)

As exportações brasileiras do setor de agronegócios renderam US$ 11,2 bilhões em fevereiro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em relação ao mesmo mês de 2024, houve queda de 2,7%, em parte motivada pelo atraso da colheita de soja em Mato Grosso nesta safra 2024/25. O Estado lidera a produção nacional do grão, que é o carro-chefe dos embarques setoriais.

Segundo números destacados pela Consultoria Agro do Itaú BBA, o volume das vendas de soja ao exterior chegou a 6,4 milhões de toneladas no mês passado. O volume aumentou 501% ante janeiro, quando o ritmo foi particularmente fraco, mas foi 3% menor que o de fevereiro de 2024, quando o clima também não era favorável à safra 2023/24. Na comparação, o preço médio da tonelada exportada recuou 10%, para US$ 398,2. Neste mês de março, a tendência já é de crescimento, uma vez que a colheita ganhou força e será recorde.

Os embarques de farelo de soja, por sua vez, atingiram 1,7 milhão de toneladas, com incremento de 8,4% sobre fevereiro do ano passado. O preço médio do derivado, contudo, também caiu – 23%, para US$ 356,2 a tonelada. No caso do óleo de soja, as exportações aumentaram 252% na comparação, para 112 mil toneladas, a uma média de US$ 1.008,8 por tonelada (-3%).

O Itaú BBA realçou, ainda, que as exportações brasileiras de carne bovina in natura cresceram 6,7% na comparação anual, para 190 mil toneladas, e que o preço médio dos cortes vendidos subiu 8,9%, para US$ 4.927,4. Na carne bovina in natura, o volume chegou a 406 mil toneladas (+8%), com preço médio de US$ 1.837,7 (+7%), e na carne suína, foram 101 mil toneladas (+20%), a uma média de US$ 2.506,2 (+11%).

A Consultoria Agro do banco também destacou que as exportações brasileiras de milho registraram queda de 16% em relação a fevereiro do ano passado, para 1,4 milhão de toneladas, com uma cotação média relativamente estável (US$ 225 por tonelada), e que os embarques de etanol e açúcar VHP também recuaram – 72% (para 41 mil metros cúbicos) e 41% (para 1,5 milhão de toneladas), respectivamente.

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