As conclusões da colheita de soja e do plantio da safrinha de milho em abril em praticamente todas as principais regiões produtoras do país neste ciclo 2024/25 motivaram a queda dos preços dos fretes para o transporte de grãos em boa parte das rotas agrícolas, apontou levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) esta semana.
Na maior parte dos trechos com origem em Mato Grosso, que lidera a produção brasileira de grãos, os fretes recuaram entre 2% e 7% em relação a março, embora na comparação com abril do ano passado em muitas praças os valores tenham registrado altas. De Querência ao porto de Santos, por exemplo, o preço médio ficou em R$ 460 por toneladas, 2% menos que em março mas 12% mais que em abril de 2024.
Nas rotas do Paraná, segundo maior produtor de grãos do país, a queda foi mais generalizada. De Cascavel ao porto de Paranaguá, o valor médio cobrado foi de R$ 110 por toneladas, com reduções de 27% ante março e de 21% na comparação com abril do ano passado. “Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia também registraram queda, ainda que em intensidades variadas”, informou a Conab.
Uma vez que o fluxo de exportação de grãos – soja, principalmente – continua forte e a colheita da safrinha de milho começou a ganhar força, os preços dos fretes começaram a encontrar maior sustentação em maio em parte dos polos produtivos, e esse suporte poderá perdurar nos próximos meses.
Portos exportadores
De janeiro a abril, realçou a Conab, as exportações de soja somaram 37,4 milhões de toneladas, e o porto de Santos foi a principal saída desse volume, respondendo por 37,2% do total (13,9 milhões de toneladas). Os portos do Arco Norte – Itaqui (MA), Barcarena (PA), Santarém (PA), Itacoatiara (AM) e Salvador (BA) – embarcaram 13,8 milhões de toneladas, ou 36,8% do total.
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