Frigoríficos pisam no acelerador e Brasil tem recorde no abate de bovinos

Dados do IBGE revelam crescimento de 15% em comparação ao ano anterior. Produção de carne superou a marca de 10 milhões de toneladas
Alexandre Inacio

Nunca os frigoríficos do Brasil trabalharam tanto quanto em 2024. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que o abate de bovinos no país superou, em muito, o recorde então estabelecido em 2013.

Foram abatidos no ano passado 39,2 milhões de cabeças em todo o país. O número representa um crescimento de 15% em comparação a 2023 e supera em quase 5 milhões de cabeças o recorde registrado em 2013.

Com abates tão grandes, a produção de carne também estabeleceu um novo recorde. Pela primeira vez, o Brasil superou a marca dos 10 milhões de toneladas, chegou a 10,2 milhões e apresentou um crescimento de 14% no volume produzido.

Assim, já é dado como certo entre analistas que o ciclo de oferta abundante para os frigoríficos pode ter chegado ao fim. A expectativa é que a partir de 2025 a disponibilidade de animais para a indústria seja mais restrita. Na prática, significa dizer que as margens em empresas como JBS, Minerva e Marfrig tendem a ficar mais apertadas e os preços ao consumidor final mais elevados.

Um sinal dessa reversão pode ser observado nos dados do quarto trimestre de 2024. Nos últimos três meses do ano passado foram abatidas 9,5 milhões de cabeças.

Ainda que o número represente um crescimento de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2023, ele marca uma queda de 8,6% ante o terceiro trimestre de 2024. Esse foi o primeiro recuo trimestral nos últimos sete trimestres.

SLC Agrícola encerrou o 3º trimestre do ano com prejuízo menor

Ebitda e receita cresceram; empresa anunciou acordo com fundos do BTG Pactual para novos investimentos

Exportações de carne de frango superaram US$ 8 bilhões de janeiro a outubro

Com o bom desempenho no mês passado e a retomada das compras da China, ABPA prevê alta do volume de embarques em 2025 como um todo

BrasilAgro encerrou o 1º trimestre de seu atual exercício com prejuízo

Resultado líquido foi negativo em R$ 64,3 milhões; Ebitda caiu 62%, enquanto a receita líquida recuou 37%

Resenha NPagro: A COP-30, com alertas da FAO e oportunidades para o Brasil

As tempestades no Sul e o cenário climático para o café

Inscreva-se para receber
as notícias gratuitamente

Ao inserir seu e-mail, você concorda em receber a newsletter do NPAgro. Você pode cancelar sua inscrição a qualquer momento

MAIS LIDAS

Economia

Ministério da Fazenda suspende financiamentos do Plano Safra 2024/25

Secretaria do Tesouro enviou ofício às instituições financeiras determinando a suspensão de novas contratações de crédito rural subvencionado

Indústria

Faturamento da C.Vale caiu 10% em 2024, mas sobras aumentaram 25%

Receita da cooperativa paranaense alcançou R$ 22 bilhões, prejudicada por grãos

Insumos

Solubio volta a crescer e aposta em nova microalga para consolidar retomada

Após dois anos difíceis, empresa de biológicos “on farm” teve Ebitda recorde no 1º trimestre e prevê faturar mais de R$ 200 milhões este ano