Frio e chuva prejudicaram a colheita da safrinha de milho na primeira quinzena de junho

Mas, por enquanto, estimativas indicam que a produção deverá superar 100 milhões de toneladas
Fernando Lopes
(Crédito: Wenderson Araujo/Sistema CNA/Senar)

As baixas temperaturas em Estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás prejudicaram a colheita da safrinha de milho desta temporada 2024/25 na primeira quinzena de junho, mas, por enquanto, projeções públicas e privadas continuam a indicar que a produção deverá superar a marca de 100 milhões de toneladas e até bater um novo recorde histórico.

“As baixas temperaturas registradas nos últimos dias têm retardado a perda natural de umidade de grão em alguns Estados. Esse cenário tem influenciado nos trabalhos de colheita, uma vez que o tempo necessário para que o cereal atinja o teor de umidade ideal para ser colhido aumenta”, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em boletim divulgado na quarta-feira. 

A estatal estima que a produção da safrinha chegará a 101 milhões de toneladas, com aumento de 12,2% em relação ao ciclo passado e segunda melhor marca da história. Consultorias privadas, contudo, preveem um volume maior. A Agroconsult, por exemplo, por enquanto trabalha com 113 milhões de toneladas, um novo recorde, mas divulgará uma estimativa atualizada na próxima terça-feira. De acordo com a Conab, a colheita foi concluída em 3,9% da área plantada no país (17 milhões de hectares), abaixo da média dos últimos cinco anos.

Segundo a Conab, no Paraná o tempo um pouco mais seco permitiu o avanço da colheita, mas a combinação entre frio e algumas precipitações impuseram um ritmo mais lento aos trabalhos, que foram concluídos em 4% da área plantada. Em Mato Grosso do Sul, a passagem de uma frente fria não danificou as lavouras, mas a colheita foi afetada e terminou em apenas 2% da área semeada. Em Goiás, Minas Gerais e São Paulo, o cenário é semelhante.

Em Mato Grosso, que lidera a produção nacional, também há atraso na colheita por causa do frio e das chuvas da primeira quinzena de junho, mas o início das atividades foi retardado em algumas áreas também em função da safra mais tardia de soja. “No entanto, as boas condições das lavouras na atual safra podem contribuir para que a produtividade supere a obtida na última temporada”, diagnosticou a Conab.

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